Escrito en
GLOBAL
el
O Museu de História Natural dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (12), pelo Twitter, que está tomando providências na tentativa de evitar que a cerimônia de entrega do prêmio “Personalidades do Ano”, conferido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, ocorra em sua sede, em Nova York. O motivo? O evento, previsto para o dia 14 de maio, foi agendado antes da escolha do homenageado: o presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Na postagem, a organização diz estar preocupada e explorando suas opções, frisando tratar-se de uma iniciativa externa e privada.
De acordo com o site de notícias Gothamist, a celebração a Bolsonaro no museu gerou reações de ativistas da causa ambiental e dos direitos humanos, que apontam o alinhamento do presidente brasileiro com Donald Trump e suas posições homofóbicas, misóginas, racistas e anti-ambientalistas. Muitos usuários comentaram a publicação do museu pedindo que a instituição “cancele” a realização da cerimônia no local. “Como pesquisador brasileiro, é revoltante que um indivíduo que despreza a ciência como ele seja homenageado por uma instituição científica. Vocês precisam cancelar pelo bem dos pesquisadores brasileiros, ele está literalmente nos fazendo deixar o país“, comentou o usuário identificado como Alexandre Palaoro. Em comunicado divulgado em fevereiro, a Câmara diz que a escolha de Bolsonaro como pessoa do ano é um “reconhecimento de sua intenção fortemente declarada de fomentar laços comerciais e diplomáticos mais próximos entre Brasil e EUA e seu firme comprometimento em construir uma parceria forte e duradoura entre as duas nações.”The external, private event at which the current President of Brazil is to be honored was booked at the Museum before the honoree was secured. We are deeply concerned, and we are exploring our options.
— American Museum of Natural History (@AMNH) 12 de abril de 2019