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Editorial publicado na revista britânica The Economist, divulgado nesta quinta-feira (28), chama Jair Bolsonaro de “presidente aprendiz” e sugere que seu mandato pode ser curto, a menos que o capitão da reserva “pare de provocar a aprenda a governar”.
O jornal trata o vice General Mourão como “elemento-chave” na tentativa de impor “disciplina política” no alto comando da República, lamentando, porém, seus atritos com a família do mandatário.
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O texto diz que a economia brasileira “continua mórbida” três meses após a posse de Bolsonaro, que contou com o apoio do mercado e do empresariado, graças aos acenos liberais do ministro Paulo Guedes.
Editorialmente alinhado com o mundo financeiro, o The Economist culpa o próprio Bolsonaro pelas dificuldades para a aprovação da Reforma da Previdência e atesta que, mesmo se o governo obtiver sucesso nesta empreitada, não significa que viabilizará a retomada do crescimento econômico.
Os impasses na articulação política e o embate com o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também são elencados pelo jornal.
O texto diz que, apesar de ter sido eleito condenando o que chamava de “velha política” e “toma lá, dá cá”, Jair Bolsonaro não possui estratégias para “controlar” o Congresso.
“À parte a sua equipe econômica, seu governo é uma coleção de generais aposentados, políticos de médio escalão, protestantes evangélicos, um filósofo antes obscuro chamado Olavo de Carvalho”, reclama o The Economist ao citar também o desgaste político do presidente ao determinar que os quartéis comemorem o golpe de 31 de março de 1964.
Até as nébulas relações do clã Bolsonaro com as milícias e com os suspeitos de assassinato da vereadora Marielle Franco são citados pelo editorial.
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