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A Bloomberg, agência de notícias do mercado financeiro, destacou o escândalo envolvendo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. “Incêndio em Brasília saúda Bolsonaro em seu retorno do hospital”, diz o título de matéria publicada na noite desta quarta-feira (13).
O texto fala em “aprofundamento da disputa” entre o filho do presidente, Carlos Bolsonaro, e Bebianno. “Enquanto Bolsonaro se recuperava de cirurgia, seu Partido Social Liberal foi acusado de ter promovido candidatos fictícios na última eleição para acessar recursos públicos, uma forma de corrupção há muito estabelecida no Brasil”.
As coisas “pioraram”, prossegue a matéria, quando Carlos Bolsonaro usou o Twitter para acusar um dos principais assessores de seu pai [Bebianno] de mentir sobre o assunto. A Bloomberg lembra que “muito do apelo eleitoral de Bolsonaro veio da sua promessa de tolerância zero contra a corrupção, depois de anos de escândalos no alto escalão”.
“Apesar de o próprio presidente não enfrentar acusações de delitos, as questões envolvendo a conduta do seu partido e a briga interna entre seus principais aliados está azedando a agenda legislativa. Os planos do governo para a reforma da Previdência, considerada essencial para sanar as contas públicas, mas politicamente impopular, só chegarão ao Congresso na próxima semana”, conclui a matéria.
Nacionalismo de direita
Bolsonaro também foi citado na imprensa internacional em artigo para o jornal inglês The Guardian da escritora e jornalista turca Ece Temelkuran, que foi demitida após escrever artigos críticos ao governo do primeiro-ministro da Turquia, Recep Erdogan, e vive na Croácia.
“É perigoso e lamentável que tanta raiva esteja sendo organizada e manipulada por populistas de direita e autocratas impiedosos, como Donald Trump, Viktor Orban, Recep Tayyip Edrogan na Turquia e Jair Bolsonaro no Brasil. Eles apontam para jornalistas, cientistas e o establishment político e dizem: são eles que estão brincando com a dignidade do povo. Esses líderes, usualmente, emergem das classes privilegiadas mas fazem as pessoas acreditarem que colocarão a elite de joelhos e permitirão que recuperem sua dignidade”, escreveu a jornalista, em artigo desta quinta-feira (14) intitulado De Tahrir a Trump: o nacionalismo sequestrou a esperança das pessoas.