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- Terminou em Madri a COP25 – Conferência do Clima. Não houve consenso que possibilitasse um acordo para avançar na redução de emissões de gases que causam mudanças climáticas. O secretário geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar “desapontado” no twitter. Quase 200 países participaram. EUA, Brasil e Austrália se destacaram nas obstruções. Um dos acordos não alcançados foi o da liberação de 100 bilhões de dólares ano para apoiar países em desenvolvimento na implementação de ações para a redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas. A delegação brasileira que representou o Governo Bolsonaro trabalhou na conferencia para impedir a menção ao uso da terra como um dos grandes causadores de mudanças climáticas (seja por desmatamento ou pecuária) e também para que fosse retirada a menção aos oceanos (ao se tratar de geleiras e águas dos mares).
- Terminou no Panamá, a Cúpula Comercial China-América Latina e Caribe. A Cúpula, que acontece desde 2007, está inserida no bojo do projeto Nova Rota da Seda, que abarca toda uma rede de infraestrutura de estradas, ferrovias e vias marítimas.
- Por falar em China, as novas tarifas sobre produtos chineses impostas por Trump que passariam a valer ontem (15) não foram implementadas porque os dois países parecem ter chegado a um acordo. Em troca da não tarifação, a China ampliará as compras de produtos agrícolas dos EUA. As compras também serão na área da energia e manufaturados. Os EUA podem reduzir algumas tarifas que já vinham sendo implementadas.
- Os EUA testaram um míssil terrestre que há pouco tempo era proibido pelo acordo INF (tratado das forças nucleares de alcance intermediário) que o país tinha com a Rússia desde 1987. O tratado foi denunciado pelos EUA unilateralmente há poucos meses. O tratado que havia sido assinado por Reagan e Gorbachev proibia mísseis terrestres com alcança entre 500 e 5500 km.
- A Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou na última sexta (13), por 23 votos a 17, as duas acusações contra o presidente Trump. Uma é de obstrução de justiça e a outra é de abuso de poder. Ao longo desta semana as acusações devem ser votadas em plenário.
- Trump comemorou a vitória de Boris Johnson nas eleições britânicas, afirmando no twitter que agora os dois países estão livres para fazer um novo acordo comercial pós-Brexit. As eleições britânicas estavam previstas para 2022, mas Johnson solicitou antecipação após perder maioria no Parlamento em setembro. A diferença entre conservadores e trabalhistas foi bastante grande, com mais de 150 cadeiras de diferença para os vencedores. O perfil dos votantes de cada partido merece ser visitado, um dos aspectos que saltam aos olhos é o da juventude votando em peso nos trabalhistas e os mais velhos votando nos conservadores. Outro aspecto é o de operários e desempregados votando nos conservadores e classe média com curso superior votando nos trabalhistas. De todo modo, os trabalhistas tiveram seu pior resultado desde 1935 e perderam 59 cadeiras em comparação com a eleição de 2017. Um lance importante da vitória foi o fato de Nigel Farage, do Partido do Brexit, não ter apresentado candidato, direcionando seus votos para os conservadores. Enquanto isso os anti-brexit ficaram divididos entre o partido trabalhista e o liberal-democrata. Com a vitória, Johnson ganha sinal verde para avançar com o Brexit. Enquanto isso, os trabalhistas discutem a sucessão de Jeremy Corbyn.
- O governo Bolsonaro inaugurou ontem (15) um escritório comercial em Jerusalém. Durante a inauguração, o deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, prometeu que no próximo ano (2020) a Embaixada brasileira será transferida de Tel Aviv para Jerusalém. Eduardo também visitou um assentamento israelense ilegal na Cisjordânia. Israel tenta impor sua ocupação a todo custo e transformar Jerusalém em sua capital contrariando as resoluções da ONU.
- Há protestos marcados pra hoje (16) na Praça Bolívar de Bogotá para exigir a retirada de tramitação do Projeto de Lei de Reforma Tributária e Lei de Financiamento. Já são 21 dias de paralisações nacionais e cinco reuniões entre os representantes do governo Duque e a Comissão Nacional das Paralisações.
- No sábado (14) o presidente da Bolívia, Evo Morales, que se encontra vivendo na Argentina se reuniu com integrantes do MAS. Um documento da reunião foi divulgado por Antrónico Rodríguez, jovem líder cocaleiro, considerado um dos sucessores de Evo. No documento tratam de ratificar as resoluções do ampliado do MAS de 7 de dezembro, exigem fim dos massacres, se anunciam em mobilização permanente, consulta orgânica das bases para definir a candidatura presidencial e um dos pontos fala em “exercer o principio revolucionário da crítica e autocrítica”.