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O presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) pediu ao dirigente da China, Xi Jinping, que as petroleiras chinesas participassem do megaleilão do pré-sal desta semana. O objetivo era evitar a ausência de interessados estrangeiros no evento.
A conversa ocorreu durante visita oficial de Bolsonaro ao país, no fim de outubro. O governo já sabia que o modelo previsto para a venda dos quatro campos do pré-sal não atrairia concorrentes.
Um executivo da Petrobras foi à China, depois do aceno positivo de Xi, para fechar a parceria da estatal com as petroleiras CNOOC e CNODC, ambas controladas pelo governo chinês. As informações são de pessoas que acompanharam as conversas presidenciais.
Pelas regras, quem vencesse a disputa teria de desembolsar à vista uma quantia bilionária. Somente no campo de Búzios, o maior deles, o desembolso será de quase R$ 70 bilhões.
Cada uma entrou com participação de 5% no consórcio que arrematou Búzios.
No acordo com os chineses, segundo pessoas que acompanharam as negociações, a Petrobras receberia dos dois sócios dinheiro antecipado pela venda futura de óleo.
O arranjo garantiu dinheiro rápido para a Petrobras, que terá de retirar de seu caixa neste ano R$ 29 bilhões para pagar pelos direitos de exploração dos dois blocos (Búzios e Itapu). Em Itapu, a estatal fará a exploração sozinha.
Por meio de sua assessoria, a Petrobras disse que não pode comentar detalhes de um contrato privado. A assessoria de imprensa do Planalto não respondeu até a conclusão deste texto.
Com informações da Folha