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O presidente chileno Sebastián Piñera anunciou nesta quarta-feira (6) mais um projeto visando enfrentar a crise social que o país enfrenta. Seu governo enviou ao Congresso uma proposta para criar um subsídio do Estado para pessoas que ganham um salário mínimo – que é de 301 mil pesos chilenos, o equivalente a 1,3 mil reais.
O valor do benefício seria de no máximo 49 mil pesos (260 reais) por pessoa, com o objetivo de garantir uma renda mínima de 350 mil pesos (1850 reais, aproximadamente). O governo estima que a medida beneficiaria mais de 540 mil trabalhadores.
No entanto, mesmo que seja aprovado pelo Legislativo, o benefício oferecido pelo governo melhoraria apenas o valor bruto recebido pelos trabalhadores. A renda líquida, segundo números da própria Secretaria de Avaliação Social (ligada ao Ministério da Fazenda do Chile) seria de no máximo 294 mil pesos (1,1 mil reais), ficando ainda abaixo do valor do salário mínimo.
O presidente afirma que a medida visa responder com ações às exigências de justiça social que têm emanado das ruas, nas últimas semanas: “são medidas concretas, não somente boas intenções, e um esforço extraordinário do Estado e de toda a sociedade chilena para ajudar os chilenos que mais precisam, e que também merecem uma vida melhor”, afirmou Piñera.
O projeto ingressou ao Congresso com status de “suma urgência” e deve ter trâmite acelerado. Setores da oposição afirmaram estar dispostos a aprová-lo, embora alguns tenham considerado “baixo” o valor do subsídio.