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O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, anunciou que seu país não receberá do Fundo Monetário Internacional (FMI), o montante que falta do empréstimo aprovado pelo governo de Mauricio Macri com a entidade financeira.
A decisão significa que a Argentina abre mão de um valor 12 bilhões de dólares. Embora seja um investimento que deixa de entrar no país, também seria um aumento importante de uma dívida que já é enorme.
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Em junho de 2018, Mauricio Macri fez um acordo com o FMI por um total de 56,3 bilhões de dólares, mas até agora foram entregues 44,3 bilhões.
Em entrevista para uma rádio argentina, Fernández explicou que “aumentar a dívida não ajuda a solucionar os problemas do país”. O político peronista fez uma comparação com um caso individual, para ilustrar melhor sua opinião: “Quando uma pessoa está com problemas porque tem muitas dívidas, não vai sair deles adquirindo mais dívidas e, sim, trabalhando para se livrar delas. Esse é o caso da Argentina hoje”.
Finalizar a dívida
Fernández, que chegará à Casa Rosada no dia 10 de dezembro, também afirmou que “o acordo que quero assinar com o FMI é o de finalização da dívida, mas para isso eu preciso que me deixem desenvolver o país, voltar a aquecer a economia interna, reativar a produção e o poder aquisitivo dos trabalhadores”.
Segundo um informe oficial elaborado pelo Ministério da Fazenda, difundido nesta segunda-feira (25), 83 % do crédito adquirido com o Fundo foi destinado ao pagamento de títulos de dívida a investidores estrangeiros – ou seja capitais que fugiram do país, financiados pela dívida adquirida pelo governo.
O informe também diz que o próximo governo ainda terá à sua disposição cerca de 1,9 bilhão de dólares do empréstimo disponível para utilizar em suas políticas.