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Segundo reportagem do jornal El Cohete a la Luna publicada neste domingo (17), o presidente da Argentina, Mauricio Macri, soube com uma semana de antecedência que Luis Fernando Camacho, líder da extrema-direita na Bolívia, comandaria um golpe de Estado no dia 10 de novembro para forçar Evo Morales a renunciar. Ainda, Camacho teria pedido asilo ao presidente argentino caso a tentativa de golpe fracassasse.
A matéria revela que Camacho esteve em reunião com representantes diplomáticos de diferentes consulados, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, no dia 4 de novembro. A reunião teria sido convocada por Camacho, que, neste encontro, teria pedido ao governo de Macri asilo no consulado argentino caso sua investida, que ele chama de "insubordinação civil", fracassasse.
Neste encontro, Camacho ainda teria revelado que, 48 horas depois, as Forças Armadas entrariam na casa do governo. Tal informação chegou ao Ministério das Relações Exteriores argentino, comandado por Roberto Dupuy, que procurou dissuadir o líder do golpe de que a investida seria uma "loucura".
A partir dessa tentativa de contenção, protagonizada pelos consulados presentes na reunião, as Forças Armadas teriam adiado a data de intervenção no governo boliviano. Inicialmente, a invasão na casa de Evo seria no dia 6, mas só se concretizou no domingo, dia 10.