Escrito en
GLOBAL
el
Pedro Sánchez e Pablo Iglesias, líderes do PSOE e Podemos, da Espanha, assinaram um pré-acordo para formar um "governo de coalizão progressista" que será baseado na "lealdade" de ambas as partes e que se qualificou como "emocionante", e se chamará Unidas Podemos.
Numa aparição conjunta, os dois enfatizaram que esse acordo busca acabar com o bloqueio que levou à estagnação da vida política por meses e à repetição das eleições gerais.
"Os espanhóis falaram e cabe às partes responderem à sua vontade", disse Sánchez, que enfatizou que é um acordo "para um governo estável de quatro anos".
Fontes socialistas afirmam que depois do pacto com o Podemos outras forças políticas que derrubaram o governo direitista de Mariano Rajoy também se incorporarão ao governo de centro-esquerda.
De acordo com texto de Vinícius Sartorato, publicado na Fórum, com a queda do governo (junho de 2018) do então primeiro-ministro, Mariano Rajoy (Partido Popular – PP), a partir de uma “moção de censura” sob denúncias de corrupção, Pedro Sánchez (Partido Socialista Operário Espanhol – PSOE) acabou por assumir o posto de primeiro-ministro temporariamente.
Com o fim da legislatura, Sánchez liderou a vitória do seu partido nas eleições abril de 2019, porém não conseguiu em formar uma maioria estável para governar o país.
Com o fim do bipartidarismo entre PP e o PSOE que marcou a redemocratização espanhola, desde a morte do ditador Franco (1979), as eleições no país ibérico ganharam novas características, com um inédito multipartidarismo.
Cansados dos “velhos partidos” e com profundos questionamentos, os novos agrupamentos surgiram com expressividade eleitoral, à esquerda e à direita do cenário eleitoral. Enquanto o PP tenta se desvencilhar das denúncias de corrupção e da crise econômica herdadas por seu governo, o PSOE busca mostrar-se renovado, com uma nova geração liderada pelo primeiro-ministro, economista e ex-jogador de basquete, Pedro Sánchez.
Preterido pelo PSOE para formação de governo após a eleição de abril de 2019, mais à esquerda o Unidos Podemos (fundado em 2014), pode ser a única alternativa para barrar o crescimento da extrema-direita no país. Como fruto dos protestos que marcaram a crise econômica-financeira (2007-11), setores da moderada esquerda socialista temem setores “mais extremistas” da agremiação liderada pelo Professor Pablo Iglesias, em especial diante de problemas regionais – como o caso catalão.
Com informações da RTVE