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Manifestantes reagiram a um cerco montado pelo Exército do Equador e colocaram fogo em blindados que impediam o avanço da marcha dos movimentos indígenas até a capital do país, Quito. Nesta segunda-feira (7) se completam cinco dias de mobilizações contra as reformas econômicas neoliberais promovidas pelo presidente Lenín Moreno, que decretou estado de exceção após o levante popular.
Cerca de 500 pessoas já foram detidas no país desde a edição do decreto por Moreno, que é considerado um traidor pela esquerda equatoriana por ter rompido com o correísmo logo após ser eleito com o apoio do ex-presidente Rafael Correa. O mandatário diz que não pretende rever seu plano econômico e não mudará de posição. Segundo o cientista político Amauri Chamorro, essa insistência deve gerar a queda de Moreno.
Nesta segunda-feira (7), Quito foi tomada por bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes que aguardam a chegada da grande marcha da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE). Blindados tentaram impedir o avanço dos indígenas, no sul de Quito, mas foram tomados e queimados pelos equatorianos.
Com a grande mobilização prevista para esta noite em Quito, o presidente Lenín Moreno teria deixado a sede do governo. "Quem conhece Equador sabe que este é o principal sintoma de que o governo está a um passo de cair", disse Chamorro nas redes sociais.
Veja vídeo:
https://twitter.com/pichinchauniver/status/1181319973437923329
https://twitter.com/pvillegas_tlSUR/status/1181333713076019200
https://twitter.com/amaurichamorro/status/1181331462643240960