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Em encontro com diplomatas nesta segunda-feira (7), no Vaticano, o Papa Francisco voltou a criticar o crescimento de movimentos e governos populistas e nacionalistas pelo mundo. A fala parece ter sido um recado direto a países como Brasil, Itália, França, Holanda, Hungria e Polônia, onde tem se observado a ascensão de figuras e partidos populistas e anti-imigração.
"A comunidade internacional e o sistema multilateral no seu conjunto estão passando por tempos difíceis com o ressurgimento de tendências nacionalistas que minam a vocação das organizações internacionais de serem um espaço de diálogo e encontro para todos os países", disse o Papa. Segundo o pontífice, tais aspirações nacionalistas e populistas remetem ao período entre guerras, quando surgiu, por exemplo, o nazismo e o fascismo.
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“O reaparecimento de tais sentimentos está progressivamente enfraquecendo o sistema multilateral, com o êxito de uma geral falta de confiança, de uma crise de credibilidade da política internacional e de uma progressiva marginalização dos membros mais vulneráveis da família das nações”, pontuou o líder religioso.
No mesmo discurso, Francisco saiu em defesa do Pacto Global para Migração da Organização das Nações Unidas (ONU), acordo que, segundo o presidente Jair Bolsonaro, o Brasil deixará de fazer parte.