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Em Davos, nesta terça-feira (22), onde participou de um debate sobre combate à corrupção, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, criticou a "cultura da corrupção no Brasil", mas saiu pela tangente ao ser indagado sobre o caso envolvendo o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL/RJ), Fabrício Queiroz.
"Não me cabe comentar sobre isso, mas as instituições estão funcionando", disse ele, após ressaltar que o governo Jair Bolsonaro (PSL) tem "compromisso forte contra a corrupção".
"O governo tem discurso forte contra a corrupção e vem adotando práticas sobre algo que não foi feito em 30 anos no Brasil, que é não vender posições ministeriais na barganha pelo poder. E nomeou pessoas técnicas. O compromisso do governo é forte contra a corrupção".
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Moro debateu por 1 hora a corrupção e o uso da tecnologia com o secretário de política industrial da índia, Ramesh Abhishek; a presidente da Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, e o chefe do Facebook para ameaças perturbadoras (o departamento encarregado do combate a fake news), David Agranovich.
Populistas
No debate, o professor suíço Mark Pieth, que participa de ações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) contra suborno, disse que sentia um certo desconforto com governos populistas que acenam com a bandeira de combate à corrupção e, uma vez eleitos, não fazem nada contra, decepcionando os eleitores. Ele citou como exemplo Silvio Berlusconi, da Itália.
A representante de Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, acrescentou que "'populistas tomam a narrativa da corrupção, mas não tem uma agenda real, só o discurso contra a corrupção". No debate, Moro observou que a situação com Berlusconi era diferente, porque ele sequer respeitava a separação de poderes e estava envolvido em muitos casos.
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