Notas Internacionais: Venezuela anuncia ministério com maioria de mulheres

Em sua coluna, Ana Prestes destaca os principais fatos internacionais do dia, entre eles, o novo ministério anunciado por Nicolás Maduro. Dos 11 nomes, seis são mulheres.

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- Mulheres argentinas fizeram história. Aprovado ontem (14) por 129 votos a favor, 125 contra e uma abstenção, o projeto de lei que garante a legalidade da interrupção voluntária da gravidez até a 14ª semana de gestação. - Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta (14) uma parte do novo gabinete e a nova vice-presidenta Delcy Rodríguez, hoje presidente da Assembleia Constituinte e ex-chanceler. Dos novos 11 nomes para ministérios anunciados, 6 são mulheres. - Assembleia Geral da ONU (AGNU) adotou declaração que pede adoção de medidas para proteção de civis da agressão pelas forças militares israelenses na fronteira de Gaza. Ainda não está claro se será constituída uma força de paz ou um grupo de observadores. Qualquer medida deverá ser aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. - Quase um por dia. Mais um candidato a prefeito assassinado no México. Alejandro Chávez Zavalo, candidato a um segundo mandato como prefeito de Taretan, foi morto enquanto realizava um ato de campanha. Ele representava uma coalizão do PAN, do PRD e do Movimiento Ciudadano. - Palestinos vivem conflitos domésticos. Hamas, que dirige a Faixa de Gaza e Fatah, que dirige a Autoridade Palestina, disputam a influência sobre Gaza e o destino da luta pela libertação nacional. Nesta quinta (14) um protesto foi organizado em Ramalah para denunciar as sanções impostas pela Autoridade Palestina ao governo do Hamas na Faixa de Gaza. - Merkel vive conflitos sobre imigração no seio de seu governo. Ministro do Interior, do conservador CSU (união social cristã) exige da chanceler que a Alemanha não aceite entrada de refugiados que já tenham pedido asilo em outro país da UE. Merkel defende que não se adotem medidas unilaterais e que qualquer medida sobre a livre circulação na UE deve ser tomada por Bruxelas. A chanceler defende um sistema de asilo comum com repartição dos refugiados por país, através de cotas. Próximo Conselho Europeu está marcado para 28 de junho e o tema da migração certamente deverá sobressair. - Volta a funcionar nesta sexta (15) a mesa de diálogo entre governo e oposição em Manágua. A igreja católica aceitou voltar a mediar o diálogo depois que o presidente Daniel Ortega respondeu à uma carta da entidade episcopal que havia suspendido a mesa. O dia de ontem (14) foi de paralisação do comércio e das fábricas, transporte também ficou quase inoperante. As paralisações foram chamadas por empresários e setores oposicionistas da sociedade civil. Circulam informações de que houve mortos nos protestos ao longo do dia. - Na Argentina, renunciou no dia de ontem (14) ao seu cargo o presidente do Banco Central, Federico Sturzenegger. A renúncia se deu no mesmo dia em que o dólar bateu novo recorde no país, indo a 28,43 pesos. O atual ministro das finanças, Luis Caputo, vai assumir o Banco Central e o atual Ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne vai acumular os dois ministérios. - Começou ontem (14) em Moscou, na Rússia, a Copa do Mundo de Futebol. O torneio acontece em um dos momentos mais interessantes da geopolítica mundial. Presidente Vladimir Putin foi muito aplaudido na abertura. Chefes de estado de 20 países estiveram no evento, mas líderes europeus boicotaram. Jogo de abertura foi entre Rússia e Arábia Saudita, rivais na solução para a guerra da Síria. Hoje jogarão Irã e Marrocos, países rivais que nem sequer têm relações diplomáticas. O Irã é hoje vítima de sanções econômicas impostas pelos EUA e recentemente teve problemas para adquirir chuteiras encomendadas à Nike por conta da recusa da empresa em furar as sanções para não ser penalizada. - Após algumas especulações sobre o fim ou não das sanções econômicas norte-americanas à Coreia do Norte, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse ontem (14) que não haverá suspensão das sanções enquanto não houver desnuclearização. O anúncio foi feito enquanto ele era ladeado pelos ministros das relações exteriores do Japão e da Coreia do Sul, ambos países temem aumento da instabilidade na região. - Enquanto isso, o primeiro-ministro Japonês, Shinzo Abe, negocia a realização de uma cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong-un para o segundo semestre. - Putin também convidou nesta quinta (14) o líder Kim Jong-un para visitar a Rússia em setembro. Convite foi feito em Moscou ao presidente do parlamento norte-coreano, Kim Yong Nam. - Segue a guerra comercial, instalada por Trump. Ontem (14) os países da União Europeia aprovaram uma lista de produtos americanos que sofrerão nova tarifação em resposta às sobretaxas norte-americanas contra o aço e o alumínio. Lista foi aprovada por unanimidade pelos 28 países do bloco. - Na África do Sul, a Cidade do Cabo está em “estado de emergência” por falta de água. Uma forte seca que perdurou por todo o primeiro semestre instalou uma crise nacional com total escassez de água. Nos últimos dias voltou a chover e poderá ser um alívio para a pior seca dos últimos 100 anos. - Na Guatemala, após a erupção do vulcão Fuego, as fortes chuvas podem causar novas catástrofes com a descida da lava das encostas do vulcão e cheias nos rios. Algumas comunidades já estão isoladas. - Na Colômbia, a deputada do Podemos espanhol, Lorena Ruiz-Huerta, foi descredenciada como observadora internacional por ter publicado seu apoio ao candidato Gustavo Petro. As eleições ocorrerão no próximo domingo, 17 e a disputa está bem polarizada com ambos candidatos contando com cerca de 40% das intenções de votos. - A União Europeia destinará 18 milhões de Euro para Cuba, com fins de desenvolvimento de energias renováveis. - A União Europeia pode mudar a forma de atuar em conflitos que atingem o continente. Há uma proposta na mesa de que o bloco possa usar um fundo de Defesa, com 13 milhões de euros, para prover material de defesa, a outros países com um Instrumento Europeu de Paz.