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Em setembro de 2017, o então prefeito de São Paulo e agora pré-candidato tucano ao governo do Estado, João Doria, visitou o presidente Maurício Macri, na Casa Rosada, em Buenos Aires, na Argentina. Na ocasião, ao ser perguntado se gostaria de ser o Macri brasileiro, Doria respondeu, sem pestanejar:
“Nossas ideias são absolutamente iguais, sem retoque. Foi um encontro inspirador, ele (Macri) é absolutamente inspirador.
Muito provavelmente o agora pré-candidato não repetiria a frase, diante da derrocada econômica que a Argentina acaba de sofrer por conta do receituário neo-liberal de arrochos impostos por Macri à população. O presidente acaba de fazer um pedido de crédito de US$ 30 bilhões ao FMI para conter a sangria que se estabeleceu na situação cambial argentina, com a recente escalada do dólar que já levou o governo a subir a taxa de juros de 22% para 40%.
Adulações de lado a lado
Em Buenos Aires, na época da visita, chamou a atenção de jornalistas locais o tempo dedicado pelo presidente Macri a Doria e especulou-se até mesmo com a contratação por parte do prefeito do assessor de marketing do presidente, o equatoriano Jaime Durán Barba. Mas numa coletiva conjunta com o prefeito portenho, Horacio Rodríguez Larreta, sucessor do chefe de Estado argentino, Doria negou essa possibilidade.
Na época, Doria ainda disputava internamente com o seu padrinho político, o então governador Geraldo Alckmin, o sonho de se candidatar à presidência: “Não vamos precipitar decisões, vamos com calma… O tempo vai dizer”, declarou Doria, que não se cansou de elogiar o governo Macri, que foi prefeito de Buenos Aires duas vezes antes de se tornar presidente.