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Depois de dizer que são os comunistas que pensam como os cristãos, pontífice disparou mais uma frase pouco usual para líderes religiosos em uma missa no Egito. Confira sua fala
Por Redação
O Papa Francisco vem quebrando uma série de tabus na igreja católica ao defender, por exemplo, direitos de minorias como homossexuais ou ainda fazer discursos carregam um tom político mais progressista e à esquerda. No ano passado, criou polêmica ao afirmar que "são os comunistas que pensam como os cristãos". No último sábado (29), em uma missa celebrada no Cairo (Egito), o pontífice fez outra declaração pouco usual para líderes religiosos: "Para Deus, é melhor não acreditar do que ser um falso crente, um hipócrita", afirmou, se referindo à instituições religiosas que usam a fé das pessoas apenas para angariar dinheiro ou mesmo organizações terroristas quem atuam "em nome de Deus".
"Não adianta encher locais de culto se os nossos corações são vazios do temor a Deus e de sua presença. Não adianta rezar se a nossa oração a Deus não se transforma em amor para os irmãos. Não serve tanta religiosidade se ela não é animada por muita fé e muita caridade. Não adianta cuidar da aparência porque Deus olha a alma e o coração e detesta hipocrisia", completou Francisco, aclamado pelos mais de 30 mil fiéis presentes na celebração.
O pontífice seguiu ainda sua fala tocando, mais uma vez, em sua temática principal: a da "verdadeira fé" e de caridade para com os mais pobres.
"É aquela que nos leva a amar todos gratuitamente, sem distinção e sem preferências, que nos leva a ver no outro não um inimigo a ser combatido, mas um irmão a ser amado, a ser servido e a ajudar. É aquele que nos leva a difundir, a defender e a viver a cultura do encontro, do diálogo e do respeito", disse.