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Zagueiro do Barcelona defende abertamente o referendo pela independência da região.
Da Redação
Neste domingo, 90% do eleitores da Catalunha, cerca de 2 milhões de pessoas, decidiram pelo “sim”. O que pode atenuar ainda mais os conflitos pela independência da região mais rica da Espanha. Desde cedo, a polícia espanhola tentou evitar a votação a força, o que terminou com mais de 800 feridos.
Apesar de ainda ser incerto o que vai acontecer com a região e como será, a partir de agora, a relação dela com o governo central em Madri, algumas personalidades locais estão ativas na defesa dos direitos da população. Um deles é o zagueiro do Barcelona e da seleção espanhola, Gerard Piqué.
Durante o dia do plebiscito, Piqué deu uma entrevista onde abriu a possibilidade de deixar a seleção espanhola antes de 2018, ano estipulado por ele, anteriormente, como o último na equipe nacional. "Sei que na Espanha há pessoas que desaprovam o que aconteceu e que acreditam na democracia. Se o técnico ou alguém da federação acredita que eu sou um problema, deixarei a seleção antes de 2018", disse o zagueiro, após a partida de portões fechados, onde o Barcelona venceu o Las Palmas por 3 a 0.
Quando joga pela seleção, Piqué costuma ouvir vaias da arquibancada por causa da sua posição política. Neste domingo, ele votou antes da partida do Barcelona. "Se vota sim, não ou em branco, mas se vota. Não podíamos defender as nossas ideias. Sou e me sinto catalão e estou orgulhoso das pessoas, do seu comportamento, assim como nesses últimos sete anos", enfatizou.
Piqué falou ainda sobre o clima do vestiário, antes da partida contra o Las Palmas. "Tínhamos muitos argumentos a favor e contra, mas jogávamos os pontos e a liga e o Las Palmas queriam jogar. Não temos que dar mais voltas. O clube decidiu e ok. A minha opinião pouco importa. Eu expressei a minha, como o pessoal da direção expressou a sua. No fim das contas, se decidiu por jogar. Somos um clube e vamos todos juntos", revelou.
Foto: Reprodução/YouTube