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As urnas pelo país fecham em diferentes horários nesta terça-feira. Os primeiros Estados a encerrar a votação, às 21h (horário de Brasília), são Georgia, Indiana, Kentucky, Louisiana, Carolina do Sul, Vermont e Virginia, e as últimas urnas serão fechadas no Alasca às 3h de quarta-feira (09/11). Confira como será
Por Opera Mundi
Nesta terça-feira (08/11), cerca de 100 milhões de eleitoras e eleitores devem ir às urnas nos Estados Unidos para escolher a pessoa que vai suceder Barack Obama, atual presidente do país, a partir do dia 20 de janeiro de 2017. Hillary Clinton, do Partido Democrata, e Donald Trump, do Partido Republicano, são os únicos candidatos com chances reais de vencer a acirrada disputa, segundo pesquisas de intenção de voto.
A média de pesquisas realizadas por diferentes institutos nas últimas semanas, segundo o site Real Clear Politics, indicam uma leve vantagem de Hillary, com 47,2% das intenções de voto, contra 44,3% de Trump.
O voto nos EUA não é obrigatório, e cerca de 240 milhões de pessoas são aptas a votar no país – ou seja, têm mais de 18 anos. Destas, cerca de 200 milhões estão registradas como eleitoras e eleitores – o que ainda não significa que comparecerão às urnas neste pleito. Nas últimas semanas, mais de 41 milhões de pessoas já depositaram seus votos em Estados que têm o voto antecipado, como Nevada e Flórida.
Espera-se um grande comparecimento de eleitoras e eleitores com ascendência latina, grupo que foi um dos principais alvos da hostilidade de Trump durante a campanha e que tende a votar em Hillary. O republicano disse que, caso seja eleito, irá construir um muro entre os EUA e o México para impedir a entrada de estrangeiros provenientes da América Latina. Trump também prometeu deportar os estrangeiros em situação irregular no país, medida que afetaria diretamente este grupo de eleitores, muitos com familiares nesta situação.
Entre mulheres – alvo de eventuais declarações misóginas de Trump ao longo da campanha, para além das denúncias de pelo menos 15 mulheres que dizem ter sido assediadas sexualmente pelo republicano – e pessoas negras nos EUA – alvo de ataques racistas em comícios de Trump –, a maioria também vota em Hillary, enquanto homens brancos sem ensino superior tendem a preferir o republicano.
Apesar de as pesquisas se concentrarem no voto popular, nos EUA a eleição acontece de forma indireta, por meio do voto de delegados de cada Estado no colégio eleitoral. A população vai às urnas e vota na candidata ou candidato que deseja ver na Casa Branca, e aquela ou aquele que vencer por maioria simples no voto popular fica com os votos dos delegados daquele Estado no colégio eleitoral.
Os 50 Estados norte-americanos e a capital, Washington, têm um número definido de delegados, proporcional a sua população. A Califórnia, o Estado mais populoso do país com mais de 37 milhões de habitantes, tem 55 votos no colégio eleitoral e é considerado um dos Estados mais importantes na disputa. Wyoming, pouco povoado, e a capital Washington, têm três delegados cada. Há 538 delegados em disputa; para que a candidata ou o candidato ganhe as eleições é preciso alcançar metade do total mais um, ou seja, 270 votos de delegados no colégio eleitoral.
Devido aos diferentes fusos nos EUA, as urnas pelo país fecham em diferentes horários nesta terça-feira. Os primeiros Estados a encerrar a votação, às 21h (horário de Brasília), são Georgia, Indiana, Kentucky, Louisiana, Carolina do Sul, Vermont e Virginia, e as últimas urnas serão fechadas no Alasca às 3h de quarta-feira (09/11).