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Agremiação deverá constituir novo governo com o partido Gregos Independentes, uma vez que os dois partidos, em conjunto, terão maioria absoluta. Na comemoração da vitória, Tsipras afirmou: “Hoje na Europa, a Grécia e o povo grego são sinônimos de luta pela dignidade”
Por Esquerda.net
O Syriza venceu as eleições na Grécia, elegendo 145 deputados (menos quatro do que em janeiro passado).
O partido Gregos Independentes elegeu 10 deputados (menos três que em 25 de janeiro).
Syriza e Gregos Independentes poderão voltar a constituir coligação e governo, uma vez que os dois partidos juntos terão maioria absoluta. Os dois partidos elegem 155 deputados, sendo a maioria absoluta 151 deputados.
No discurso de vitória, Tsipras afirmou: “Hoje na Europa, a Grécia e o povo grego são sinónimos de luta pela dignidade e vamos continuar esta luta nos próximos quatro anos. O resultado pertence aos que lutam e aspiram a um futuro melhor”.
O líder do Syriza prometeu, no seu discurso, lutar “para mudar as forças na Europa”.
Tsipras salientou ainda o combate à corrupção. “O mandato que o povo nos deu hoje é também um mandato para acabar com o regime de corrupção, que governou durante tantos anos”, afirmou.
Sobre os resultados das eleições gregas, a eurodeputada Marisa Matias declarou à Lusa:
"Evitou-se o pior cenário, que é o cenário em que - depois de toda a chantagem que a União Europeia fez, das instituições europeias, o Fundo Monetário Internacional, também o papel que o Banco Central Europeu fez para condicionar o exercício da democracia - seria voltar a ter um Governo da Nova Democracia, o principal responsável na situação em que a Grécia se encontra".
Nas eleições registou-se um aumento da abstenção de 36% para 45%.
O partido de direita Nova Democracia foi o segundo mais votado, teve mais 0,2 pontos do que em janeiro, mas perdeu um deputado.
O partido de extrema-direita, Aurora Dourada, mantém-se como terceiro partido mais votado, passando de 6,3% para 6,95% e de 17 para 18 deputados.
O Pasok, filiado no partido socialista europeu, teve uma pequena recuperação, passando de 4,7% para 6,27% e de 13 para 17 deputados.
Ao contrário, o partido To Potami passa de 6,1% para 4,1% e de 17 para 11 deputados. O KKE (partido comunista) mantém a percentagem (5,59 em vez de 5,50), e mantém o número de deputados, 15 mandatos.
Um novo partido (União Centrista) consegue chegar ao parlamento grego, obtendo 3,40% e elegendo 9 deputados.
Por sua vez, a Unidade Popular, constituída pelos deputados e membros do Syriza que estiveram contra a assinatura do terceiro memorando, não elege qualquer deputado, por não ter atingido o limiar de 3%.
Resultados, quando estavam contados 92% dos votos, em comparação com as eleições de 25 de janeiro de 2015:
Eleições na Grécia | 20 de setembro de 2015 | 25 de janeiro de 2015 | ||
% | Mandatos | % | Mandatos | |
Syriza | 35,53 | 145 | 36,30 | 149 |
Nova Democracia | 28,04 | 75 | 27,80 | 76 |
Aurora Dourada | 6,95 | 18 | 6,30 | 17 |
To Potami | 4,12 | 11 | 6,10 | 17 |
KKE | 5,59 | 15 | 5,50 | 15 |
Pasok | 6,27 | 17 | 4,70 | 13 |
Gregos Independentes | 3,67 | 10 | 4,80 | 13 |
União Centrista | 3,40 | 9 | 9 | |
Unidade Popular | 2,87 | 0 | 0 |