Escrito en
GLOBAL
el
A proposta prevê que, no próximo dia 5 de julho, o povo grego se pronuncie sobre as medidas que os credores pretendem impor à Grécia. Tsipras defendeu que o referendo “enviará uma mensagem de dignidade à Europa”. “O nosso único medo é o medo em si”, disse o primeiro -ministro grego
Por Esquerda.net
A proposta do governo grego foi aprovada na madrugada deste domingo com 178 votos a favor e 120 contra, tendo contado com o apoio das bancadas do Syriza, dos Gregos Independentes e do Aurora Dourada. Nova Democracia, Pasok, To Potami e Partido Comunista Grego (KKE) votaram contra.
O KKE exigiu que o referendo fosse sobre a manutenção do país na zona euro.
No seu discurso perante o parlamento, momentos antes do início da votação, Alexis Tsipras, afirmou que um “grande não no referendo será um grande sim em relação a não aceitarmos ultimatos”.
“Pediram-nos para aceitar um memorando de recessão e morte lenta. Recusámos. Não nos pediram para concordar, pediram-nos para ceder a nossa dignidade política. Pediram-nos para atacar os assalariados e os pensionistas”, frisou.
“Temos um mandato a cumprir. Não temos o direito de deixar que o nosso país seja uma colônia da dívida nas próximas décadas”, acrescentou o primeiro-ministro grego.
Referindo que a Europa não deve recear os referendos e que muitos países europeus já promoveram consultas, inclusive para implementar tratados como o de Maastricht, Alexis Tsipras vincou que a Grécia “não pedirá permissão a Schauble ou a Dijessbloem para fazer o referendo" e para “proteger a democracia na terra onde ela nasceu”.
“O nosso único medo é o medo em si”, avançou, defendendo que o referendo de dia 5 de julho “enviará uma mensagem de dignidade à Europa”.
Foto: https://www.flickr.com/photos/piazzadelpopolo/