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A van que levava senadores da oposição brasileira teve que retornar ao aeroporto por conta de manifestantes que bloquearam vias em protesto. O objetivo da missão é de prestar solidariedade a "presos políticos" como Leopoldo Lopez, ferrenho opositor do chavismo que, no ano passado, incitou estudantes a protestarem com táticas "não pacíficas"
Por Redação
O bloqueio de vias e os gritos de "Fora! Fora! Chavez não morreu!" de dezenas de manifestantes, nesta quinta-feira (18), fez com que a van que levava Aécio Neves (PSDB) e sua comitiva de senadores em missão oficial na Venezuela tivesse que voltar para o aeroporto da capital Caracas. Eles foram recebidos pelas esposas das principais lideranças da extrema direita venezuelana com o objetivo de visitar o que os opositores chamam de "presos políticos", como o ex-prefeito de Caracas, Leopoldo Lopez.
"Embarcamos para a Venezuela em uma missão que vai defender a democracia", afirmou Aécio Neves, pouco antes de embarcar para Caracas, em sua conta no Twitter. A "defesa da democracia" citada pelo candidato à presidência derrotado no ano passado, no entanto, consiste na prestação de solidariedade a figuras como Leopoldo Lopez que, em 2002, quando era prefeito de Caracas, participou da tentativa de derrubar Chavez. Na ocasião, mandou prender parlamentares chavistas na cidade.
No início do ano passado, Lopez foi o principal líder de manifestações extremamente violentas contra o governo e que culminaram na morte de dezenas de pessoas. Em seus discursos, chegou a incentivar estudantes a adotarem táticas "não pacíficas".
A comitiva, além de Neves, conta com Aloizio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e Sérgio Petecão (PSD). Eles defendem, sobretudo, um diálogo direto com a direita venezuelana e pautas como a saída da Venezuela - um dos principais parceiros comerciais do Brasil - do Mercosul.
Foto: Reprodução/Twitter @liliantintori