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Detenções de nove dirigentes da Fifa foram feitas a pedido da Justiça dos EUA, que solicitou a extradição dos cartolas por acusações de extorsão, lavagem de dinheiro e fraude
Por Redação
José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi detido na manhã desta quarta-feira (27) em Zurique, na Suíça. Ele e mais oito dirigentes foram presos em um hotel a pedido da Justiça dos EUA, que investiga uma rede de subornos na escolha das sedes das edições da Copa do Mundo em 2018 e 2022. No entanto, o esquema de corrupção existiria há pelo menos 24 anos.
Os dirigentes da Fifa estavam reunidos no luxuoso hotel Baur au Lac junto com outros cartolas da federação. No local, deveria ser realizada na próxima sexta-feira a eleição para a presidência da entidade. Os nove presos podem ser extraditados para os Estados Unidos.
Além de Marin, foram detidos o dirigente da Confederação para a América Central e do Norte e Caraíbas, Jeffrey Webb, vice-presidente da Fifa; Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol; o uruguaio Eugenio Figueredo, também ex-presidente da Conmebol; Jack Warner (Trinidad e Tobago), ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf; o nicaraguense Julio Rocha, presidente da federação de seu país; Costas Takkas, outro cartola da Concacaf; o presidente da federação venezuelana, Rafael Esquivel; e Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica.
O Departamento de Justiça americano informou ter indiciado, no total, 14 pessoas por fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, sendo nove membros dirigentes da Fifa e cinco executivos de empresas. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a Justiça norte-americana deve acusar também J. Hawilla, fundador da Traffic Group. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não está entre os detidos.
Foto: Divulgação CBF