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Advogados anunciaram que a ação será apresentada contra o policial Darren Wilson e a administração municipal por "morte injustificada"
Por Redação
Familiares de Michael Brown, o jovem negro morto por um policial em Ferguson em 9 de agosto de 2014, anunciou ontem (5) que entrará com um processo contra as autoridades locais por "morte injustificada".
A polícia alegou, à época, que o garoto de 18 anos teria tentado roubar cigarros em um mercado e se comportado de forma agressiva. No entanto, testemunhas alegam que Brown estava a caminho da casa da avó e se encontrava desarmado.
A morte do jovem negro por um policial branco deflagrou um debate nacional sobre relações raciais nos Estados Unidos, dando origem a semanas de protestos em diferentes cidades americanas.
"Entendemos, como sempre entendemos desde o início, que o policial Darren Wilson não deveria ter atirado e matado Michael Brown em plena luz do dia como fez e que ele tinha outras opções", explicou o advogado Anthony Gray, anunciando a ação que será aberta em nome da família Brown.
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Outro advogado da família, Daryl Parks, disse que a ação será apresentada contra o policial Darren Wilson e contra o governo de Ferguson, subúrbio localizado nos arredores do condado de St. Louis, no estado do Missouri (centro dos EUA).
Na quarta-feira, o Departamento de Justiça americano divulgou um relatório, rico em detalhes, no qual acusou a polícia de Ferguson de adotar, reiteradamente, práticas racistas quase institucionalizadas. No documento, o órgão informa que Wilson não será processado pelo governo federal, alegando que não há provas suficientes de que o policial tenha violado os direitos civis de Michael Brown.
Um grande júri em St. Louis também optou por não indiciar Wilson, depois que, em seu testemunho à Justiça, ele alegou legítima defesa. Segundo o policial, Michael teria tentado tomar sua arma.
Com informações de The Guardian
Foto: Reprodução / YouTube