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Rodrigo Duarte e mais 8 turistas tiveram a pena capital suspensa por conta de problemas técnicos; mas a intenção de executá-los ainda permanece
Por Redação
A Indonésia adiou a transferência de oito condenados à morte por tráfico de drogas para uma prisão insular, onde os imputados pela pena capital são executados. De acordo com o governo indonésio, o motivo da suspensão é técnico e para que dois condenados australianos passem mais tempo com a família.
Rodrigo Gularte foi preso em 2004, quando tentou entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaranm foram presos juntamente com um grupo de nove pessoas, em 2005, com 8,3 quilos de heroína na Ilha de Bali.
A Anistia Internacional, por conta do adiamento das execuções, lançou nova ofensiva para promover uma campanha onde pede a revisão da pena capital imposta ao brasileiro Rodrigo Gularte e os outros 8 presos. A Anistia acredita que o caso do brasileiro pode "estar sendo analisado pelas autoridades", pois, segundo a instituição, "há documentos oficiais que provam que ele tem esquizofrenia paranoide" e a legislação internacional proíbe a pena capital nestes casos.
No dia 17 de janeiro, o brasileiro Marco Archer foi fuzilado na Indonésia, também acusado de tráfico de drogas. Posteriormente, a presidenta Dilma Rousseff convocou o embaixador brasileiro na Indonésia, ato que demonstra insatisfação diplomática de um país para com o outro. E, na semana passada, o governo federal recusou as credenciais do embaixador indonésio, o que, na prática, significa que Toto Riyanto não poderá representar a Indonésia em audiências ou solenidades oficiais no país.
À imprensa, a presidenta Dilma Rousseff declarou que é necessário ter "clareza" nas relações entre os dois países. "Achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento das credenciais, nada mais do que isso", explicou.
Foto: Reprodução/Diário Catarinense