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Vazamentos mostram que enquanto Benjamin Netanyahu denunciou iranianos na ONU, agência de espionagem israelense Mossad concluiu que Irã não estava produzindo bombas nucleares
Por Redação A Al Jazeera, em parceria com o The Guardian, divulgou o vazamento de centenas de documentos de agências de espionagem do mundo. Segundo a rede árabe, são informações sem precedentes que mostram acordos internacionais sombrios de espionagem. A investigação vai de 2006 até dezembro de 2014 e mostram espionagens da Agência de Segurança do Estado da África do Sul (SSA), a correspondência secreta entre os sul-africanos com a agência de inteligência dos EUA, a CIA, o MI6 britânico, o Mossad de Israel, FSB da Rússia e agentes do Irã, assim como dezenas de outros serviços da Ásia para o Oriente Médio e África. Os vazamentos revelam contradições entre os dados apresentados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em 2012, sobre o Irã. Enquanto Netanyahu disse à ONU que o Irã estava perto de fabricar bomba atômica, a agência secreta israelense havia concluído o contrário. “O documento que vazou para Al Jazeera deixa claro que a avaliação formal do Mossad de capacidade e as intenções nucleares do Irã difere do cenário traçado pelo primeiro-ministro na ONU”, diz a rede árabe. Outros documentos mostram um agente da CIA desesperado para fazer contato com o Hamas, tendo pedido até ajuda para um espião sul-africano no verão de 2012. Os EUA consideram o Hamas uma organização terrorista e oficialmente não estabelecem contato com o grupo. O Mossad, segundo o Spy Cable, teria obtido um plano de mísseis roubado da África do Sul.