Do Sul para o Sul: China vai ampliar investimentos na América Latina

Presidente chinês Xi Jinping anunciou, durante o I Fórum Ministerial China-CELAC, que seu país pretende investir US$ 250 bilhões na região na próxima década

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Presidente chinês Xi Jinping anunciou, durante o I Fórum Ministerial China-CELAC, que seu país pretende investir US$ 250 bilhões na região na próxima década

Da Agência Plano | Foto: MinCi Venezuela

Em mais uma demostração de interesse no mercado latino-americano, o presidente da China, Xi Jinping, anunciou, nesta quinta-feira (8), durante a abertura do I Fórum Ministerial China e Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que vai fixar uma meta para elevar os investimentos de seu país na América Latina em até US$ 250 bilhões nos próximos dez anos.

Em sua fala, testemunhada por representantes dos 33 países latino-americanos e empresários de vários setores, Xi Jinping ressaltou que a América Latina é uma das “regiões emergentes com a maior capacidade de se desenvolver” e disse que “chegou o momento oportuno para aprofundar as relações entre China e América Latina para a consolidação, desenvolvimento e transformação dos povos”.

Os presidentes do Equador, Rafael Correia, da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, participaram da primeira edição do evento em Pequim. Outro grande objetivo do grupo, destacado no discurso do mandatário chinês, é o de dobrar o comércio bilateral em uma década em até US$ 500 bilhões.

China-CELAC

O I Fórum Ministerial China-CELAC marca uma nova fase de relacionamento entre a segunda economia do mundo e os países latino-americanos . O evento se firma como uma via de diálogo da China com os 33 países da América Latina e Caribe, sem a presença e intervenção dos Estados Unidos.

A China já havia dado sinais da intenção de se aproximar cada vez mais da região. Em julho de 2014, durante uma viagem de 4 dias a America Latina, Xi Jinping firmou 38 novos acordos comerciais com a Venezuela nas áreas de petróleo e mineração, incluindo uma linha de crédito de US$ 4 bilhões para o país chavista. Na Argentina, também concedeu crédito a administração Kirchner, que passa por severa crise econômica.

A parte das negociações individuais, durante a mesma viagem, o Xi Jinping assinou o tratado que formalizou a criação do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics. Com US$ 50 bilhões de capital inicial para financiar países pobres e emergentes, a instituição já é encarada como uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional.