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Lei aprovada estabelece prisão perpétua à "prática da homossexualidade"; em sua justificativa, cuja existência é "culpa do Ocidente"
Por Redação
[caption id="attachment_42925" align="alignleft" width="300"] Segundo o presidente de Uganda, a lei é para barrar a influência do Ocidente sobre os africanos[/caption]
O presidente da Uganda, Yoweri Museveni, sancionou nesta segunda-feira (24), lei que criminaliza e prevê sanções contra homossexuais. Em sua justificativa, Museveni disse que é necessário barrar “o imperialismo social” ocidental, pois, para o presidente, o Ocidente é o culpado pela existência da homossexualidade na África.
No ato da sanção, o presidente ainda criticou os órgãos internacionais e governos que pediram para que ele não aprovasse tal legislação. "Nós africanos nunca impusemos nosso modo de ver o mundo aos outros. Eles deviam nos deixar em paz", declarou Museveni.
Com a lei aprovada, a partir de agora os réus primários serão condenados até 14 anos de cadeia e, caso reincidam no “crime da homossexualidade”, serão condenados à prisão perpétua por “homossexualidade agravada”. O texto original da lei previa pena de morte, porém, o presidente da Uganda retirou tal artigo.
Por conta da aprovação da lei, algumas sanções são estudadas por outros países. A União Europeia estuda parar de enviar ajuda financeira à Uganda e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que, com a aprovação da lei, a relação com o país africano fica “complicada”.