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O presidente do país, Robert Mugabe, determinou a libertação principalmente de mulheres e jovens para diminuir a superlotação nas prisões locais, onde mais de 100 pessoas morreram de fome e doenças em 2013
Por Agência Brasil
O presidente do Zimbabue, Robert Mugabe, determinou a libertação de 2 mil pessoas, a maioria mulheres e jovens, para diminuir a superlotação nas prisões do país, onde mais de 100 pessoas morreram de fome e doenças em 2013.
Entre os prisioneiros que serão libertados hoje (17) não estão incluídos os detidos que cumprem penas por “assassinato, traição, violação ou qualquer delito sexual”, declarou o vice-comissário das prisões do Zimbabue, Agrey Machingauta.
[caption id="attachment_42421" align="alignleft" width="300"] Em sua ordem de clemência, Mugabe concedeu a anistia de penas para mulheres presas, independentemente do delito cometido (Tech. Sgt. Jeremy Lock - USAF)[/caption]
“Pedimos à nação para aceitar os libertados, dar-lhes uma segunda oportunidade. Não queremos que sejam estigmatizados”, disse Machingauta, em declaração ao diário governamental Herald.
As 42 prisões do Zimbabue têm capacidade para receber 17 mil presos, número que havia aumentado para 18.980 na sexta-feira (14), segundo dados oficiais.
O grupo Advogados do Zimbabue pelos Direitos Humanos denunciou, em dezembro, que as prisões do país converteram-se em “armadilhas mortais” depois de o governo ter reduzido as rações de comida por falta de fundos.
Para remediar a situação, o Ministério da Justiça solicitou US$ 1,2 milhão para pagar a alimentação dos presos, mas só recebeu US$ 300 mil.
Em dezembro de 2013, já chegava a 100 o número de presos que morreram de fome e de doenças nas prisões.
Em sua ordem de clemência, Mugabe concedeu a anistia de penas para mulheres presas, independentemente do delito cometido, salvo as condenadas à prisão perpétua e à pena de morte, explicou Machingauta.
Também serão postos em liberdade todos os presos menores de 18 anos e doentes terminais, que não poderão sobreviver ao tempo de pena restante.
A mortalidade mais elevada em prisões foi registrada em 2009, quando 1.000 presos morreram nos quatro primeiros meses do ano no país.
*Com informações da Agência Lusa