Escrito en
GLOBAL
el
O Fórum Econômico Mundial reúne as pessoas mais ricas e poderosas do mundo. Qual será a mensagem deles para pobres mundo afora?
Original em Alternet. Tradução por Ítalo Piva
Líderes empresariais e políticos globais estão viajando nesta semana para Davos, Suíça, para participarem do Fórum Econômico Mundial, um encontro das pessoas mais ricas do mundo. Neste ano, o 1% focará na desigualdade social, entre outras questões.
É uma reunião que congrega as pessoas mais poderosas do mundo para conversarem e confraternizarem. Neste ano, os atendentes incluem Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês; Bill Gates; o diretor da JP Morgan, Jamie Dimon; Matt Damon; a diretora do Facebook, Sheryl Sandberg. Também há muita fofoca sobre o fato de o premiê israelense Benjamin Netanyahu estar presente no mesmo fórum que o presidente iraniano Hassan Rouhani.
[caption id="attachment_40412" align="alignleft" width="267"] Foco na desigualdade. Será? (World Economic Forum/Flickr)[/caption]
Os tópicos que o encontro discutirá incluirão:
- Tecnologia e espionagem
- Desigualdade
- Geopolítica
Porém, é a desigualdade que está captando grande parte da atenção pelo mundo todo, e o fórum deve refletir isso - mesmo que muitos dos convidados perpetuem a desigualdade. Nos dias antes da reunião, um relatório da Oxfam revelou que 85 dos indivíduos mais ricos do mundo controlam tanto quanto a metade mais pobre do planeta.
Seria tolice esperar que o Fórum Econômico Mundial fosse o lugar onde soluções reais à desigualdade serão geradas. O blog de economia do The Guardian criticou o encontro por convidar caloteiros de impostos, e sugeriu que o Fórum não convidasse essas pessoas – mas a publicação admitiu que isso poderia deixar o encontro vazio.
“Não tenha a expectativa que vai haver muito apoio para nenhum dos remédios sugeridos pela Oxfam contra a desigualdade: que corporações devem parar de utilizar paraísos fiscais para evitarem impostos; que líderes do comércio mundial devem apoiar impostos proporcionais, a provisão universal de saúde e educação, e um salário digno em todas as companhias que controlam,” afirma o blog. “Os dirigentes em Davos talvez estejam preocupados com o impacto da desigualdade, mas não estão tão preocupados, e com certeza não tão preocupados quanto deveriam estar.”