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Reeleição do prefeito Susumu Inamine bate de frente com os planos do primeiro-ministro de extrema direita e dos interesses norte-americanos em realocar base militar
Por Moara Crivelente, em Vermelho
[caption id="attachment_39994" align="alignleft" width="300"] Em Japão, na província de Okinawa, manifestantes protestam contra os planos de expansão de bases militares dos Estados Unidos, em 2006
Fonte: Vermelho[/caption] O prefeito reeleito havia prometido bloquear a construção de um novo local para a realocação da base militar estadunidense, embora a negociação para este processo tenha sido retomada no mês passado, com o apoio do governador de Okinawa. Abe, que é um conservador, prometeu construir laços mais próximos com os Estados Unidos, principalmente sob o pretexto das “preocupações” relativas à emersão da China e às armas nucleares da República Popular Democrática da Coreia (RPDC). A realocação foi completamente rechaçada pelos residtentes da província de Okinawa, que querem a base militar – Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Futenma – fora da ilha. Pesquisas de opinião recentes, citadas pelo jornal estadunidense The New York Times, previam a vitória do prefeito Inamine, que já se opunha ao plano de quase duas décadas para mover a base e seus helicópteros e aeronaves em áreas densamente habitadas. Neste sentido, o premiê Abe havia investido o peso político do seu governo – assim como recursos financeiros – na campanha do opositor de Inamine, Bunshin Suematsu, além de ter dito que avançaria nos gastos de meio bilhão de dólares em serviços públicos na cidade de Nago, de acordo com o New York Times. Entretanto, os residentes não se deixaram vender. Inamine, que é apoiado pelo Partido Comunista Japonês e outros grupos progressitas, recebeu quase 20 mil votos, em comparação com os 15,6 mil recebidos pelo conservador Suematsu. “Sem a aprovação e o consentimento do prefeito, este processo não pode ir adiante”, disse Inamine a uma audiência de apoiadores. “Para proteger o futuro das nossas crianças, eu não permitirei que a nova base seja construída.” Em tentativas anteriores, o acordo de realocação ficou estagnado pela primeira em 1996, devido aos protestos contra a presença de fuzileiros estadunidenses na região, depois da denúncia sobre o estupro de uma estudante por funcionários militares dos EUA. Além disso, protestos e denúncias sobre o impacto ambiental das atividades militares nesta região de pesca, assim como o distúrbio e o risco para a população local já vinham impedido a expansão das bases. Segundo o New York Times, a falta de um avanço neste sentido abriu uma brecha entre o Japão e os Estados Unidos, que pretendem fazer da nova base aérea uma parte do realinhamento abrangente dos fuzileiros no “pivô” estratégico visionado para a região Ásia-Pacífico. Depois da vitória de Inamine, na noite de domingo, centenas de apoiadores reuniram-se em seu escritório de campanha para afirmar o desafio obstinado ao plano militar dos EUA em sua província.
Fonte: Vermelho[/caption] O prefeito reeleito havia prometido bloquear a construção de um novo local para a realocação da base militar estadunidense, embora a negociação para este processo tenha sido retomada no mês passado, com o apoio do governador de Okinawa. Abe, que é um conservador, prometeu construir laços mais próximos com os Estados Unidos, principalmente sob o pretexto das “preocupações” relativas à emersão da China e às armas nucleares da República Popular Democrática da Coreia (RPDC). A realocação foi completamente rechaçada pelos residtentes da província de Okinawa, que querem a base militar – Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Futenma – fora da ilha. Pesquisas de opinião recentes, citadas pelo jornal estadunidense The New York Times, previam a vitória do prefeito Inamine, que já se opunha ao plano de quase duas décadas para mover a base e seus helicópteros e aeronaves em áreas densamente habitadas. Neste sentido, o premiê Abe havia investido o peso político do seu governo – assim como recursos financeiros – na campanha do opositor de Inamine, Bunshin Suematsu, além de ter dito que avançaria nos gastos de meio bilhão de dólares em serviços públicos na cidade de Nago, de acordo com o New York Times. Entretanto, os residentes não se deixaram vender. Inamine, que é apoiado pelo Partido Comunista Japonês e outros grupos progressitas, recebeu quase 20 mil votos, em comparação com os 15,6 mil recebidos pelo conservador Suematsu. “Sem a aprovação e o consentimento do prefeito, este processo não pode ir adiante”, disse Inamine a uma audiência de apoiadores. “Para proteger o futuro das nossas crianças, eu não permitirei que a nova base seja construída.” Em tentativas anteriores, o acordo de realocação ficou estagnado pela primeira em 1996, devido aos protestos contra a presença de fuzileiros estadunidenses na região, depois da denúncia sobre o estupro de uma estudante por funcionários militares dos EUA. Além disso, protestos e denúncias sobre o impacto ambiental das atividades militares nesta região de pesca, assim como o distúrbio e o risco para a população local já vinham impedido a expansão das bases. Segundo o New York Times, a falta de um avanço neste sentido abriu uma brecha entre o Japão e os Estados Unidos, que pretendem fazer da nova base aérea uma parte do realinhamento abrangente dos fuzileiros no “pivô” estratégico visionado para a região Ásia-Pacífico. Depois da vitória de Inamine, na noite de domingo, centenas de apoiadores reuniram-se em seu escritório de campanha para afirmar o desafio obstinado ao plano militar dos EUA em sua província.