França defende intervenção militar na Síria caso seja comprovado uso de armas químicas

Oposição síria acusa as forças do regime de terem matado pelo menos 1.300 pessoas em ataque com gás sarin em Damasco

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Oposição síria acusa as forças do regime de terem matado pelo menos 1.300 pessoas em ataque com gás sarin em Damasco 

Da Redação

Nesta quarta-feira (21), o Conselho de Segurança da ONU encerrou sem consenso a reunião de emergência para discutir o suposto ataque com armas químicas impetrado pelo governo sírio. Apesar de não ter sido compactuada nenhuma declaração ou resolução do Conselho, a maioria dos países membros defendeu que as Nações Unidas tenham acesso irrestrito em território sírio para investigar o caso. Antecipando-se ao debate, a França defendeu nesta quinta-feira (22) o uso da força para dar fim ao conflito na Síria, caso se comprove o uso de gás sarin pelo governo de Bashar al-Assad.

"Teria de haver uma reação com força na Síria por parte da comunidade internacional, mas ainda há dúvida sobre o envio de tropas ao terreno", afirmou o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, em entrevista à imprensa francesa.

Entretanto, a ONU pede para que a comunidade internacional analise com cautela a crise na Síria. A denúncia da oposição sobre o uso de armas químicas na periferia de Damasco aconteceu no mesmo dia em que a comissão de Direitos Humanos da ONU visitava o país. Apesar da imprensa mundial já ter divulgado imagens de crianças e adultos sufocados no suposto ataque químico, não existe até então nenhuma comprovação oficial do ocorrido.

“Posso dizer que há grande preocupação entre os membros em relação às denúncias um sentimento generalizado de que é preciso esclarecer o que ocorreu”, disse María Cristina Perceval, atual presidente do Conselho de Segurança da ONU.

EUA

De acordo com informações divulgadas pela imprensa europeia, o chefe do Estado-Maior dos EUA, general Martin Dempsey, uma intervenção militar norte-americana em território sírio está descartada. Segundo Dempsey, a oposição do país não apoia os interesses dos Estados Unidos.

O chefe do Estado-Maior dos EUA esteve em visita a Israel e Jordânia, países vizinhos à Síria, na semana passada. Ele declarou que uma intervenção militar norte-americana no país poderia impactar aliados “menos seguros” da região.

Em correspondência endereçada ao deputado Eliot Engel, do partido Democrata, o general fez referência à oposição síria e ao poder de grupos armados extremistas. "Considero que o campo que escolhemos (apoiar) deve estar preparado para promover os nossos interesses”, disse. De acordo com Dempsey, os EUA poderiam destruir a aviação síria, o que seria decisivo do ponto de vista militar. Com informações do Opera Mundi

(Foto de capa: Reprodução)