Ministro das Relações Exteriores afirmou que listar unilateralmente Estados que supostamente financiam organizações terroristas é algo que “não encontra lastro no direito internacional”
Da Redação
[caption id="attachment_24810" align="alignleft" width="300"] Chanceler brasileiro afirmou que listas de países que financiam terrorismo internacional não são respaldadas pelo direito internacional (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)[/caption]Nesta quinta-feira, 6, durante a 43ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Antígua, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, criticou o embargo econômico imposto a Cuba. O ministro também condenou a inclusão do país na lista de países que financiam o terrorismo internacional e afirmou que o embargo provoca “consequências negativas” à população cubana, que não tem acesso a diversos produtos, muitos destes de primeira necessidade.
“Em nosso continente, não há lugar mais para embargos econômicos e financeiros unilaterais. Reitero nosso chamado ao fim do embargo norte-americano a Cuba, eleita por consenso para presidir a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos [Celac]”, disse o chanceler brasileiro. “Devemos ter presente sempre as consequências negativas ao povo cubano de décadas de embargo. A situação está prejudicada ainda mais com a recente e injustificada inclusão de Cuba pelos Estados Unidos em sua lista de países que patrocinam o terrorismo internacional”, comentou Patriota.
O ministro também afirmou que o governo brasileiro condena a lista que relaciona países com o financiamento do terrorismo internacional e a inclusão de Cuba na mesma. Para o governo brasileiro, este tipo de lista não encontra respaldo no Direito Internacional. “O Brasil rechaça a elaboração unilateral de listas acusando Estados de supostamente apoiar e co-patrocinar o terrorismo ou outras listas unilaterais, pois entende que tais listas não encontram lastro no direito internacional”, declarou Patriota.
Com informações da Agência Brasil.