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Para Francisco Capli, da First Análises, militância da Unace e funcionários públicos aderiram de última hora à candidatura do empresário
Por Vitor Sion, do Opera Mundi
O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, liderou a maior parte das pesquisas de intenção de voto durante a campanha para o pleito deste domingo (21/04). Na reta final, no entanto, o liberal Efraín Alegre se aproximou de Cartes e ameaçou a sua vitória depois de anunciar um acordo com a Unace (União Nacional de Cidadãos Éticos), fundada pelo ex-general Lino Oviedo, morto em fevereiro deste ano.
Até a formalização da aliança, a Unace estava em quarto lugar na corrida à Presidência e, caso seus eleitores aderissem em massa a Alegre, Cartes seria derrotado. Na prática, porém, o pacto foi um fracasso.
Mais ligados historicamente ao Partido Colorado, o mesmo do novo presidente paraguaio, a militância oviedista refutou a aproximação com os liberais do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico).
Prova disso é que mais da metade dos fiscais de mesa da Unace não compareceram aos seus colégios eleitorais. Outro exemplo é que, no discurso em que Alegre assumiu a derrota, não havia nenhum líder ligado ao ex-general.
“Boa parte dos membros da Unace já foram colorados e voltaram a apoiar seu antigo partido nesta eleição”, afirma Francisco Capli, da empresa First Análises, que realiza pesquisas de intenção de voto e de boca de urna.