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Por Walter Fanganiello Maierovitch, do Facebook
25-2-2013, às 22h (Brasil) e 26-2-2013, às 2 h (Itália).
Itália ingovernável. Grillo (foto e a dar uma banana aos políticos italianos tradicionais), sem coalisões, é o grande vencedor. Llidera o maior partido político italiano.
Prezados amigos de facebook.
Alguns pontos dos debates políticos sobre o resultado eleitoral, próximo do encerramento, que ouvi na rádio e na televisão italianas.
--1. O Movimento 5 Estrelas (Cinque Stelle) de Beppe Grillo é o maior partido político italiano. Obteve 23,7% dos votos para o Senado e 25,54% na Câmara.
--2. A grande maioria dos italianos é contrária à política europeísta. Para se chegar a essa conclusão basta somar os votos dos partidos liderados por Beppe Grillo e Silvio Berlusconi.
A fórmula imposta à Europa do euro pela alemã Ângela Merkel foi reprovada pelos cidadãos italianos. E a fórmula é conhecida: austeridade e recessão. Ela gerou desemprego e impediu o crescimento econômico.
--3. O centro-esquerda de Píer Luigi Bersani venceu na Câmara com o prêmio eleitoral de maioria (premiação prevista na lei eleitoral) e graças à coalisão feita com o movimento SEL, liderado por Nick Vendola, atual governador da Puglia,
--4. Para governar com maioria o Partido Democrático necessitará fazer alianças. Com Grillo ???? Quase impossível, pois, na campanha, o mote de Grillo era “destruir o sistema de partidos existente e mandar para casa os políticos tradicionais. Grillo, nos comícios nas praças, chamou Bersani e Berlusconi de falidos politicamente.
--5. O grande perdedor foi Mario Monti, atual premier e líder da chamada Lista Cívica. Na Câmara teve 10,5% até agora (a previsão é de não mudança) e no Senado não conquistará mais de 10 cadeiras: Monti é senador vitalício.
Monti poderá fazer aliança com o Partido Democrático. Uma aliança, antes da votação, denunciada por Berlusconi e o secretário Alfano do PDL. Agora, os membros do PDL usam um termo de gíria sobre essa aliança: “ciuci” (quer dizer acordo informal entre partidos de ideologia e programas políticos opostos).
--6. Ao Senado, o Partido Democrático de Bersani venceu em 11 regiões. O Partido de Berlusconi venceu em 7 regiões, dentre elas a Sicília e a Lombardia.
--7. “Tempesta perfetta”. Foi o termo usado pelo presidente italiano (chefe de Estado) para definir a consequência do resultado eleitoral.