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Acusação é feita com base em relatório suíço que apontou possível envenenamento. Relatório russo diz que evidências são insuficientes
Por Redação
[caption id="attachment_35832" align="alignleft" width="300"] Médicos suíços afirmam com 83% de certeza que Yasser Arafat foi assassinado (Wikimedia Commons)[/caption]
O presidente da Comissão de Investigação Palestina, Tawfiq Tirawi, afirmou nesta sexta-feira (8) que Israel é o “principal e único suspeito” do assassinato do líder palestino Yasser Arafat.
Foi divulgado, na última terça-feira (5) pelo site da Al Jazeera um relatório elaborado por médicos suíços dando conta que Yasser Arafat teria morrido envenenado por polônio radioativo. O líder palestino faleceu em 2004, e em novembro de 2012 seu corpo foi exumado para investigações. Os cientistas encontraram níveis de polônio 18 vezes acima do normal, localizado principalmente nas costelas e na pélvis do corpo.
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Porém, ainda falta receber a análise francesa, que já foi solicitada pela Autoridade Palestina. "A França conhece toda a verdade e os detalhes sobre o martírio de Yasser Arafat", afirmou Tawfiq.
Relatório russo
O relatório russo sobre a análise dos restos mortais de Arafat admite a presença de polônio radioativo, mas não atesta que a morte tenha ocorrido em decorrência da presença da substância.
"As conclusões do relatório sobre os níveis de polônio-210 e o desenvolvimento da doença dele não fornecem evidências suficientes para embasar a decisão de que o polônio-210 causou uma síndrome radioativa aguda que levou à morte", disse o médico Abdullah Bashir, referindo-se às conclusões do relatório russo.
O líder adoeceu em outubro de 2004 após uma refeição, tendo náuseas, vômitos e dores abdominais. Ele foi tratado em Paris sob o diagnóstico de gripe, mas faleceu em novembro. Após sua morte, surgiram rumores de que a causa seria aids ou leucemia. Porém, não foram realizadas autópsias.