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Maior grupo político do Parlamento Europeu pode pedir revogação do acordo de troca de dados entre os Estados Unidos e a UE por considerar que a sua aplicação põe em risco a privacidade dos cidadãos europeus
Por Bloco Internacional Europeu
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O Partido Popular Europeu (PPE, direita), o maior grupo político do Parlamento Europeu, inclina-se para a revogação do acordo de troca de dados entre os Estados Unidos e a União Europeia conhecido como “Safe Harbor” (“Portos Seguros”) por considerar que a sua aplicação põe em risco a privacidade dos cidadãos europeus.
A tendência foi revelada ao site do semanário britânico Observer pelo eurodeputado alemão Manfred Weber, da ala bávara (CSU) do partido de Angela Merkel, vice-presidente do PPE. “O nosso grupo pretende revogar o acordo na forma em que se encontra e negociar novas regras”, disse Weber sublinhando a existência de dúvidas de que as empresas norte-americanas de tecnologia da informação respeitam o acordo. Essas dúvidas, acrescentou, não apareceram só agora com as revelações de espionagem norte-americana feita através da Agência Nacional de Segurança (NSA). Além disso, as violações praticadas significam que “não é respeitada a privacidade dos cidadãos”, sublinhou Weber.
[caption id="attachment_35190" align="alignleft" width="276"] Confiança nos EUA por parte do Parlamento Europeu ficou abalada com revelações sobre espionagem (PPCOE/Wikipedia)[/caption]
O chamado acordo “Safe Harbor” foi assinado há mais de uma década entre o Departamento norte-americano do Comércio e a Comissão Europeia. Cerca de três mil empresas norte-americanas assinaram o acordo, mediante o qual cada entidade deve limitar-se a prometer que respeita um conjunto de princípios relacionados com a privacidade. As auditorias anuais sobre o cumprimento dessas obrigações não são obrigatórias, além de existir a possibilidade de serem executadas por auditores externos ou pelas próprias entidades.