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O encontro entre o primeiro ministro israelense e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) nesta segunda-feira, 6, em Jericó, é inédito em território palestino, mas é cercado de ceticismo.
Por Redação
Pela primeira vez, um chefe de governo israelense visitava Jericó, na Palestina, como convidado da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Mas os 30 mil habitantes da cidade cheia de história, não deram muita atenção, informou a agência EFE. Ehud Olmert, primeiro ministro de Israel, e Mahmoud Abbas, presidente da ANP, discutiram a criação de um Estado palestino, medida essencial para a paz na região.
Apesar de autoridades israelenses negarem que as fronteiras do Estado Palestino – um dos maiores impasses – seriam discutidas, Olmert aceitou incluir questões fundamentais na discussão. Um dos maiores problemas do Fatah, partido de Abbas, é na presidência da ANP mas contar com pouco espaço por parte do governo de Israel na negociação de paz.
O assessor de Abbas, Saeb Erekat, declarou que houve avanços, mas disse que o povo palestino quer ver resultados concretos. As promessas de Olmert foram facilitar a mobilidade dos palestinos na Cisjordânia e de alguns estudantes na Faixa de Gaza impedidos por Israel de estudar na Cisjordânia e ajudar na abertura na Faixa, em poder do grupo fundamentalista islâmico Hamas desde junho.
O esforço do governo israelense é para fortalecer, neste momento, o grupo liderado por Abbas, rival do grupo extremista Hamas. O comprometimento do governo Olmert, extremamente enfraquecido e impopular é colocado em dúvida por diversos grupos de defesa da causa palestina.
Neste segundo semestre, o presidente dos Estados Unidos convocou uma conferência da paz. Para Erekat, prazos e ações concretas são fundamentais para o sucesso da iniciativa.