Por Adital
Ambientalistas e movimentos sociais organizadores começam a partir de hoje (4) várias mobilizações para pressionar o governo e o parlamento chileno contra o projeto que permite a empresa transnacional Monsanto plantar 20.000 hectares de soja transgênica para a produção de sementes. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura na semana passada.
"Acreditamos que o governo deve cumprir com o dever de proteger a saúde, a produção de alimentos, o meio ambiente e o bem-estar dos chilenos, especialmente de seus setores sociais mais pobres e agredidos. Da mesma forma, acreditamos que o parlamento tem o dever de fiscalizar a atividade governamental e impedir que o Ministério da Agricultura apóie empresas transnacionais em defesa do bem-estar e do futuro de todos nós", afirmam.
Para a mobilização estão sendo convidados todos e todas camponeses e camponesas, organizações, movimentos cidadãos que lutam pela preservação da vida e pela qualidade dos alimentos e pela soberania alimentar do país.
"Ressaltamos que o que a Monsanto tenta fazer não se traduz necessariamente em maior produção de alimentos, nem para o Chile, nem para outros países. A introdução de transgênicos no Chile significa a presença de cultivos tóxicos, não aptos para o consumo humanos, como o milho para a produção de biocombustível ou de remédios de diferentes tipos", afirmam.
Fazem a convoncatória a Via Campesina, representada pela Associação Nacional de Mulheres Rurais e Indígenas (Anamuri), a Confederação Nacional Ranquil e Plataforma Rural pela Terra, junto à Aliança por uma Melhor Qualidade de Vida, representada pela Rede de Ação em Praguicidas e suas alternativas para América Latina (Rapal), entre outras.