DE VOLTA

Di María: Por que PF argentina montou forte esquema de segurança para proteger jogador

O craque foi anunciado como nova contratação pelo Rosario Central, tradicional clube que o revelou há 20 anos

O anúncio da contratação de Dí María.Créditos: Reprodução/Rosario Central
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O tradicional clube de futebol da Argentina, Rosario Central, anunciou, nesta quinta-feira (29), a contratação do meia Di María, ex-companheiro de Lionel Messi na seleção do país.

O jogador foi revelado pelo clube em 2005 e, agora, volta para a equipe depois de uma passagem extremamente vitoriosa pelo futebol da Europa.

O retorno ao antigo time poderia ter ocorrido em 2024. Porém, criminosos jogaram cartazes com provocações e ameaças de morte ao condomínio onde mora a família do jogador. Além disso, a cidade de Rosario vive uma onda de crimes ligados ao narcotráfico.

De acordo com informações do portal espanhol Marca, um forte esquema de segurança foi montado para garantir a proteção de Di María.

O plano elaborado pelo Rosario Central conta com apoio das tropas de operações especiais, em conjunto com a Polícia Federal (PF), monitoramento terrestre e aéreo (com helicóptero), seguranças particulares 24 horas, carro blindado e presença de policiais civis no Estádio Gigante de Arroyito durante treinamentos.

O jogador retorna ao time argentino depois de 20 anos. O anúncio foi celebrado pelos torcedores nas redes sociais.

Cabeça de porco perfurada por bala

Em 2024, Di María havia desistido de retornar ao Rosario Central por motivos de segurança. Ele chegou, inclusive, a receber uma caixa contendo uma cabeça de porco perfurada com bala.

“Eu tinha tudo pronto para voltar, mas as ameaças ultrapassaram todos os limites. Deixaram uma caixa com uma cabeça de porco e uma bala na testa, junto com uma nota dizendo que, se eu voltasse, a próxima cabeça seria da minha filha Pía”, afirmou o jogador à época, em entrevista ao jornal argentino Olé.

Esta não tinha sido a primeira ameaça recebida por Di María, após divulgar seu desejo de retornar ao Rosario Central. Anteriormente, um carro deixou um cartaz em frente à casa onde o atacante ficava quando estava na cidade, com uma mensagem.

“Diga a seu filho Ángel (Di María) que não volte a Rosario, porque, senão, estragaremos tudo matando um familiar. Nem Pullaro (governador provincial) vai te salvar. Não jogamos fora pedaços de papel. Jogamos chumbo (bala) e gente morta”, dizia a ameaça.

Apesar de Di María ser um dos principais jogadores argentinos, as autoridades não acreditavam que as ameaças tenham ligação com o futebol. Rosario vive há tempos uma crise de violência, com o aumento de facções ligadas ao tráfico de drogas.

Os narcotraficantes não querem a volta do jogador ao clube e, consequentemente, à cidade. Pois acreditam que com a presença dele o policiamento será reforçado.

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