Com apenas 18 anos e um tênis de gente grande, o brasileiro João Fonseca se tornou uma das principais sensações do tradicional Roland Garros, um dos quatro maiores torneios do tênis internacional. A competição é disputada em Paris, capital da França.
Número 65 do ranking mundial, o jovem tenista do Rio de Janeiro encantou público e organização do evento, depois de derrotar, na primeira rodada, o polonês Hubert Hurkacz, número 28 do mundo, por 3 sets a 0, com tranquilas parciais de 6/2, 6/4 e 6/2.
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O carisma é tão grande que João Fonseca foi comparado com John Lennon, integrante dos Beatles e um dos artistas mais consagrados e conhecidos no planeta.
O site oficial de Roland Garros mencionou o magnetismo do brasileiro, em publicação com o seguinte título: “A experiência João Fonseca atinge Paris”.
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“Talvez Fonseca seja o novo John Lennon do tênis? Os fãs parecem se aglomerar para esse garoto magnético oito dias por semana... e eles vão a extremos para vê-lo”, destacou o site.
A verdade é que os elogios a Fonseca não parecem exagero. Em sua estreia na França, o tenista brasileiro jogou na Quadra 7, que tem capacidade para pouco mais de 1.300 pessoas. Porém, sua grande vitória foi vista por muito mais gente.
Uma multidão se aglomerou na varanda da quadra central, sem ligar muito para o jogo que tinha como um dos protagonistas o consagrado Gael Monfils, tenista da casa. Torcedores brasileiros que assistiram à partida de Fonseca chegaram oito horas antes do jogo começar.
A grande esperança do tênis nacional volta à quadra de Roland Garros, nesta quinta-feira (29), por volta de 10 horas (de Brasília), para seu segundo confronto na competição. Ele enfrenta o francês Pierre-Hugues Herbert, com boas chances de vencer, pois o rival é apenas o número 147 no ranking mundial.
Outros trechos do texto divulgado por Roland Garros
“Ainda vários meses antes de seu aniversário de 19 anos, Fonseca não mostrou nenhum nervosismo contra Hurkacz e jogou um tênis enfático desde o início, quebrando o saque duas vezes no primeiro set e depois novamente para iniciar o segundo, com um belo voleio cruzado que tirou os fiéis de seus assentos. (...) Um surfista de ondas grandes. O jovem que acerta seus golpes de chão como a ameaça de um guerreiro de jiu-jitsu”.
“Comparar Fonseca à lenda brasileira Gustavo Kuerten, tricampeão em Paris e um dos personagens mais imortais da história de Roland Garros, é um pouco prematuro. Mas dizer que assistir Fonseca iluminar uma quadra de tênis não inspira esse tipo de esperança seria falso. Já se passaram 24 anos desde que ‘Guga’ conquistou seu último título em Paris. Com Fonseca já prosperando, a esperança é que a seca não dure muito mais”.
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