De volta ao Santos e de olho na possibilidade de retornar à seleção brasileira, o camisa 10 do Peixe Neymar continua polemizando. O jogador deu sua versão para o motivo da transferência do Barcelona para o Paris Saint-Germain (PSG) e ainda menosprezou o título de melhor do mundo.
Em entrevista ao podcast PodPah, Neymar foi questionado se sua ida para o futebol francês seria para ganhar mais protagonismo, uma vez que no Barça, de Lionel Messi, isso não aconteceria.
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“Quis ir porque eu queria mudar. Lá estava cheio de brasileiros, queria jogar com os caras também, e aí decido mudar. Não foi nada ‘ah, quero ser o cara, quero ser o melhor do mundo’. Não, nunca liguei para essa porra. ‘Ah, quero Bola de Ouro de qualquer jeito’. Nunca joguei por isso. Jogo futebol porque amo jogar futebol. Não jogo por um bagulho”, alegou.
O mais próximo que o brasileiro chegou de conquistar a Bola de Ouro foi um terceiro lugar em 2015. O camisa 10 do Santos ficou atrás do próprio Messi, vencedor do prêmio, e de Cristiano Ronaldo, segundo colocado.
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Durante a entrevista, um episódio foi lembrado sobre o empresário de futebol André Cury. Durante entrevista em 2023, ele afirmou que Neymar saiu do clube espanhol após a repercussão da partida em que o Barça goleou o PSG por 6 a 1, pela Liga dos Campeões.
No jogo de ida, o time catalão perdeu por 4 a 0 em Paris. Porém, conseguiu o que ninguém esperava: reverteu a vantagem na partida de volta, no Camp Nou, com atuação histórica do atacante brasileiro. O agente foi quem negociou o jogador entre Santos e Barcelona.
“Neymar havia vencido aquele jogo praticamente sozinho e nas primeiras páginas do dia seguinte quem saiu foi Lionel Messi. Ele não queria competir com Leo porque o ama muito, não é algo que estava disposto a fazer no Barcelona”, afirmou Cury, em entrevista ao jornal AS, da Espanha.
O camisa 10 do Peixe ainda revelou por que Messi o deixou cobrar o pênalti sofrido por Luis Suárez na virada histórica. O brasileiro converteu e fez o quinto gol do Barcelona, que ainda faria o sexto, nos acréscimos, com o meia Sergi Roberto, que aproveitou lançamento de Neymar, no gol da classificação.
“Quando acontece a remontada, a gente perde de 4 a 0. Aí no dia seguinte estou em casa almoçando, com meu fisioterapeuta e um amigo meu, e a gente começa a conversar do jogo, e eles falam ‘não dá, o time do PSG é muito bom’. Eu falo ‘um é meu fisioterapeuta e o outro é meu amigo e vocês não acreditam em mim? Eu vou ganhar a p* desse jogo’”, relembrou.
Leia outros trechos da entrevista de Neymar
“A gente está no dia do jogo, treinando, e o Messi fala ‘vou fazer um gol assim’. Eu já tinha falado que ia fazer dois gols, e o Suárez falou que ia fazer outro. ‘Então tá bom, já estamos empatados. Quatro dos caras, quatro nosso, vamos para a prorrogação’. Só na resenha”.
“Messi vai treinar pênalti e diz ‘vou bater assim’. E errava. Errou os três e na hora do jogo fez, do jeito que falou que iria bater. Aí acontece a remontada, e eu não desisti em momento nenhum. Eu acreditava muito. Mas quando fazemos 3 a 0, e depois tomamos o gol do Cavani, aí a gente fala: ‘fo*’. Mas falei ‘vambora’. O Suárez sofre o pênalti e aí pego a bola e entrego para ele [Messi], e ele fala ‘vai’. Eu bati e fiz o gol”.
“Na hora nem tinha noção, depois lembrei e perguntei: ‘Leo, por que você deixou eu bater o pênalti?’. Ele disse: ‘Eu não sabia onde bater e você estava bem demais no jogo, por isso que eu deixei você’. Ele foi muito p*. Comigo era muito tranquilo, nunca teve egoísmo entre nós, por isso temos uma amizade tão bonita. É difícil ter amizade com um cara que é muito grande, mas tivemos uma conexão que foi muito maneira. E quando a gente faz o sexto gol, é surreal, deu terremoto na cidade. Foi um dos jogos mais loucos, sai o gol, sentimento surreal, inexplicável. Essa partida e Olimpíadas (título em 2016) foram as maiores sensações”.
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