PARIS 2024

Breaking nas Olimpíadas: como são dadas as notas das apresentações

Modalidade, que estreia em edições de Jogos Olímpicos em Paris, chamou a atenção em seu primeiro dia de competição

Imagem da seleção brasileira de breakingCréditos: Rafael Bello/COB
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Estilo de dança urbana que surgiu na década de 1970 nos Estados Unidos, o breaking chega às Olimpíadas de Paris como uma das atrações recém-incluídas no programa para atrair o público jovem. As competições tiveram início nesta sexta-feira (9) e já chamam a atenção dos aficionados por novidades. 

Com raízes na cultura hip-hop, o breaking apareceu e se consolidou nas festas de quarteirão no bairro do Bronx, em Nova York, e conta com movimentos acrobáticos e footwork estilizado. As primeiras competições internacionais foram realizadas na década de 1990, ampliando seu público.

O DJ e o MC (mestre de cerimônias) são fundamentais durante as batalhas. Mas, nos Jogos Olímpicos, o papel da música é ainda mais crucial.

Formato da competição do breaking

O breaking tem uma série de "batalhas", com 2 a 3 rounds por dançarino. Os dançarinos não sabem o que será tocado e devem se apresentar com música mixada ao vivo por um DJ. Por conta disso, a musicalidade e estilo livre são elementos-chave.

Cada dançarino se reveza para se apresentar ao som da música do DJ e o fim das duas apresentações é chamado de "round". Ambos são avaliados imediatamente por nove juízes.

Na rodada seguinte, o DJ muda a faixa e os dançarinos saem novamente na mesma ordem. Quem ganhar mais rodadas vence a batalha.

Depois da fase de grupos, em todos se enfrentam, os dois melhores de cada grupo de quatro avançam para a fase eliminatória, que conta com três rounds para cada batalha, com confrontos um a um até a final.

Julgamento do breaking nas Olimpíadas

Para os Jogos Olímpicos, foi criado um novo sistema de julgamento, considerado mais transparente para competidores e público. O dançarino é comparado diretamente com seu oponente e os juízes analisam cinco critérios, cada um com o mesmo peso, representando 20% da pontuação. São eles: criatividade, personalidade, técnica, variedade, performance e musicalidade.

No The Conversation, a competidora olímpica australiana e professora da Universidade Macquarie, Rachael Gunn, fala sobre alguns movimentos que devem ser observados, como o toprock, componente permanente da dança, geralmente executado no início de uma rodada e é considerado fundamental para os breakers mostrarem sua musicalidade e personalidade.

O trabalho de pés são movimentos que se originam (mas não se limitam a) de um agachamento e os movimentos de potência são os mais acrobáticos, como um giro de cabeça ou um moinho de vento.

Já as posturas congeladas são aquelas mantidas geralmente em uma posição difícil, como permanecer apoiado em uma só mão.