Nesta quinta-feira (01), uma onda de ódio tomou conta das redes sociais devido à luta de boxe nos Jogos Olímpicos de Paris entre a argelina Imane Khelif e a italiana Angela Carini, que desistiu do embate aos 46 segundos de luta.
Logo após o ocorrido, uma fake news se espalhou, alegando que a atleta italiana teria se recusado a lutar porque sua oponente seria uma mulher trans, o que não é verdade, pois Khelif é uma mulher cisgênero.
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Ainda que Imane Khelif fosse uma mulher trans, isso não deveria ser motivo de "polêmica", visto que estudos recentes mostram que essa condição não confere vantagem sobre as atletas cisgênero. O desempenho de uma atleta é determinado por fatores como nutrição e treinamento. No entanto, atletas trans têm enfrentado uma onda de ódio entre colegas e comitês esportivos.
Além disso, o COI informou que todas as atletas apresentam condições médicas aplicáveis de acordo com as regras da Unidade de Boxe de Paris e, no site oficial das Olimpíadas de Paris, Imane Khelif está registrada como mulher.
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Apesar dos fatos, a fake news e o discurso de ódio prevaleceram, e uma das pessoas que contribuiu para isso foi a escritora J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter, que fez um ataque abjeto contra a boxeadora argelina, classificando-a como "homem malicioso".
"O sorriso malicioso de um homem que sabe que está protegido por um establishment esportivo misógino, aproveitando a angústia de uma mulher que ele acabou de dar um soco na cabeça e cuja ambição de vida ele acabou de destruir", escreveu J.K. Rowling.
