Maria José Pereira, de 67 anos, tia do goleiro Weverton, do Palmeiras, morreu nesta terça-feira (13), em Rio Branco, no Acre. O óbito ocorreu alguns dias após ela passar mal durante uma ação de policiais militares.
Os agentes invadiram a casa da família à procura de Márcio Pereira, filho de Maria José, por suspeita de furto. Segundo relatos dos familiares, os PMs não apresentaram mandado para entrar na residência.
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Porém, a família alegou que Márcio está preso há dois anos e não estava em casa durante a ação policial que provocou uma grande confusão, segundo informações são do G1.
A advogada Helane Christina afirmou que os PMs abusaram de “truculência”, como uso de spray de pimenta, contra os integrantes da família. Entre eles, Maria José, que sofria de problemas cardíacos.
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Magno Silvano Pereira, um dos filhos da vítima, contou que avisou aos policiais que a mãe tinha complicações de saúde.
Agressão na delegacia
Durante a confusão, as primas do goleiro Weverton, Márcia e Magna Pereira, foram presas por desacato depois de entrarem em conflito com os policiais. A advogada precisou acompanhar as mulheres.
Helena acusa um dos militares de agressão. O boletim de ocorrência (BO) aponta que, ao chegar à Delegacia de Flagrantes de Rio Branco, ela ficou em um espaço reservado aos oficiais, onde teria o direito de permanecer.
Porém, esse direito teria sido contestado, provocando uma nova discussão que acabou com Helena sendo empurrada pelo PM Manoel Ribeiro do Nascimento Neto.
A advogada declarou ao G1 que deve se reunir com o Ministério Público do Acre (MP-AC), nesta quinta-feira (15), para abrir uma ação pedindo o afastamento do policial.
Procurado, filho vai ao velório
Maria José estava internada no Pronto Socorro de Rio Branco desde o dia 9 de fevereiro e morreu nesta terça (13), vítima de infarto.
O filho procurado pelos policiais compareceu ao velório. Já encontrado pela Justiça, estava escoltado por policiais penais.
PM-AC divulga nota oficial
A Polícia Militar do Acre (PM-AC) divulgou, no sábado (10), uma primeira nota oficial, em que informou que as mulheres detidas “desacataram à guarnição com linguagens inadequadas de baixo calão e ofensivas”.
Em novo comunicado, nesta terça (13), emitido depois da morte de Maria José, a corporação lamentou o incidente e disse que o caso será investigado pela Corregedoria da Polícia Militar.
“A Polícia Militar e o governo do Acre não coadunam com qualquer tipo de ação que fuja ao que estabelece as constituições Federal e Estadual sobre direitos e deveres do cidadão e que, tampouco, fere as prerrogativas dos advogados envolvidos, um direito estabelecido em lei”, apontou trecho de nota.