Quatro pessoas foram presas na Espanha por orquestrarem uma campanha de ódio contra Vinícius Júnior, que incitou torcedores do Atlético de Madrid a usarem máscaras para proferir práticas racistas durante partidas.
A investigação que levou às prisões desta quinta-feira (24) foi desencadeada por três denúncias feitas pela LaLiga, a organizadora da liga espanhola de futebol, conforme informações da polícia espanhola.
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Essas prisões se somam a um histórico recente de ações contra o racismo, incluindo a condenação de três torcedores do Valencia em junho, que receberam penas de oito meses de prisão por ofensas racistas dirigidas a Vinicius Jr. durante um jogo em 2023.
Às vésperas do clássico realizado em 29 de setembro, uma campanha nas redes sociais incentivou o uso de máscaras pelos torcedores. O intuito dessa estratégia era complicar a identificação dos fãs pelas autoridades. A hashtag #metropolitanoconmascarillas teve 1,7 milhão de visualizações no X, antigo Twitter.
A Polícia Nacional espanhola anunciou em comunicado: "Detidos os quatro principais responsáveis por uma campanha de ódio contra um jogador de futebol. Eles incitavam os torcedores através das redes sociais para que comparecessem ao estádio e proferissem insultos com conotações racistas."
Embora haja esforços recentes, como a prisão dos responsáveis, a recusa em reconhecer o problema por parte de dirigentes, como Enrique Cerezo, presidente do Atlético de Madrid, indica que persiste uma resistência dentro do futebol.
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