OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

Penalidade máxima: Flamengo pode ter jogador envolvido em esquema das apostas

Atleta foi citado em conversa entre um dos apostadores e Kevin Lomónaco, do Bragantino, que confessou ter participado do esquema

Operação Penalidade Máxima.Créditos: Divulgação Netflix
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Luís Felipe de Castro, um dos apostadores investigados pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, tentou, no dia 23 de janeiro deste ano, convencer o lateral Kevin Lomónaco, do Bragantino — que já vendera um cartão amarelo ao grupo no Brasileirão de 2022 —, a cometer um pênalti no próximo jogo do Campeonato Paulista, e oferece até R$ 200 mil pelo acordo.

"Amanhã temos um jogador do Flamengo. Então você deve fazer também para que todos ganhem", escreve Luís Felipe, misturando palavras em português e espanhol, já que Lomónaco é argentino. "Se fecha, hermano, te pagamos com certeza o valor da operação e também o que te devo".

O Flamengo, que até o momento não tem nenhum jogador indiciado, ou mesmo citado na investigação da máfia de de apostas, aparece neste trecho nas conversas da investigação.

O departamento jurídico do clube disse em nota que "o assunto está com o Ministério Público de Goiás. O Flamengo não teve conhecimento de qualquer citação, mas confia plenamente em seus atletas. O clube está acompanhando a questão e tem todo interesse em que haja uma rigorosa apuração pelos órgãos competentes. O clube recentemente promoveu uma palestra para os jogadores com o senador Carlos Portinho, que é uma autoridade no assunto. O Flamengo está sempre fazendo ações educativas e colaborando para que jamais ocorram no clube situações, como as noticiadas. Vale lembrar que é comum como instrumento de convencimento usar nome de terceiros."

Kevin Lomónaco é um dos jogadores investigados que confessou participação no esquema, fez acordo com o MP e não foi denunciado. De acordo com as investigações, ele recebeu R$ 30 mil para tomar um cartão amarelo na partida entre Bragantino e América-MG, pelo Brasileirão de 2022, no dia 5 de novembro. O jogador, no entanto, cobrava da quadrilha o pagamento de uma segunda parcela, de R$ 40 mil, que foi prometida e não paga.

Com informações do Globo