A Justiça de São Paulo encontrou uma maneira curiosa de punir o ex-piloto Emerson Fittipaldi por uma dívida de R$ 691 mil: serão penhoradas as milhas aéreas que o bolsonarista tem em programas de fidelidade.
A decisão envolvendo o bicampeão de Fórmula 1 é do juiz Paulo Baccarat Filho e se refere ao aluguel de um imóvel na Lapa, em São Paulo, onde Fittipaldi tinha uma concessionária de veículos.
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O processo é antigo, foi aberto em 2014. Dois anos depois, o ex-piloto reconheceu a dívida na Justiça e conseguiu formalizar um acordo pelo qual se comprometeu a quitar a pendência financeira em um único pagamento, obtendo desconto de 30%.
Porém, o bolsonarista não honrou o compromisso. “Infelizmente, o acordo não foi cumprido em razão de fatos alheios a sua vontade”, declarou a defesa de Fittipaldi em petição enviada à Justiça.
No documento, ele disse que uma reportagem exibida em um programa de TV que mostrou as dificuldades financeiras do ex-piloto “acabou gerando uma corrida predatória dos seus credores pelos seus bens”.
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“Não há má-fé, não há dolo. A crise financeira e os insucessos de alguns negócios levaram a essa trágica situação”, destacou a defesa.
O proprietário do imóvel decidiu fazer o pedido de penhora das milhas depois de descobrir, por intermédio de uma postagem na internet do próprio Fittipaldi, que, apesar da situação financeira grave, ele tinha viajado com a família para Dubai no Réveillon. O objetivo é vender as milhas penhoradas em sites especializados, de acordo com informações da coluna de Rogério Gentile, no UOL.
Ex-piloto disputou eleição ao Senado italiano por partido de extrema direita
Em agosto e 2022, Fittipaldi havia anunciado que disputaria a eleição para o Senado na Itália, pelo partido de extrema direita Fratelli d´Italia. As informações foram veiculadas no jornal italiano Il Giornale.
Uma emenda constitucional, aprovada em 2006, permite que seis vagas do Senado sejam reservadas para italianos que residam fora do país. Fittipaldi é neto de imigrantes do país.
O Il Giornale informou, ainda, que a decisão do ex-piloto foi tomada depois que ele manteve uma conversa com a então presidente do Fratelli d'Italia, Giorgia Meloni. Neofascista, ela acabou se tornando primeira-ministra da Itália.
Na oportunidade, Fittipaldi declarou ao jornal italiano que sua candidatura contava com o apoio de Jair Bolsonaro (PL). O ex-piloto acabou não sendo eleito.