Daniel Alves, o jogador brasileiro que segue preso desde 20 de janeiro sob acusação de estupro a uma jovem de 23 anos, que teria ocorrido no banheiro de uma boate de Barcelona, na madrugada de 31 de dezembro do ano passado, esteve nesta segunda (17) em audiência solicitada com a magistrada do caso, num tribunal catalão. Além de insistir em sua tese de que houve uma relação sexual consentida com a mulher que o acusa, o atleta que foi ídolo no futebol europeu e disputou três Copas do Mundo pela seleção brasileira teria usado um argumento que gerou indignação nas redes sociais.
Conforme o jornal espanhol Diario de Sevilla, após confirmar que houve penetração no episódio ocorrido numa área privada da Sutton, o jogador teria sido questionado pela juíza sobre o motivo que teria feito a jovem dizer que o ocorrido fora um estupro e não sexo consentido.
Diante da pergunta, Daniel Alves teria dito que a mulher “poderia não ter gostado do fato da relação ter sido sem afeto, já que ele orientou que saíssem separadamente do banheiro para serem discretos”. Na visão do réu e de sua defesa, essa falta de intimidade pública teria deixado a mulher chateada, fazendo com que ela o denunciasse pelo suposto crime sexual.
Nesta nova declaração, o craque admitiu que houve penetração, mas alegou que o sexo com a mulher foi consensual, explicando que mentiu em juízo (dizendo não a conhecer primeiramente, e depois ter feito só sexo oral), pois queria ocultar a traição de sua esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, que pediu o divórcio após o caso vir à tona.
De acordo com a imprensa espanhola, o novo depoimento de Daniel Alves durou cerca de 20 minutos. Participaram da sessão os advogados de defesa e acusação e a promotoria de Barcelona, responsável pelo pedido de prisão do atleta.