Dois jogadores do Palmeiras alegam ter sido vítimas de um golpe financeiro e perderam cerca de R$ 11 milhões. O lateral-direito Mayke e o meia Gustavo Scarpa, hoje no Nottingham Fores, da Inglaterra, investiram em criptomoedas em uma empresa indicada pela WLJC Consultoria.
O atacante Willian Bigode, ex-Palmeiras e atualmente no Fluminense, é um dos sócios da WLJC.
A empresa prometia retornos entre 3,5% e 5% mensais nos investimentos. Depois que os jogadores aplicaram o dinheiro na empresa indicada, eles tentaram resgatar os rendimentos, mas não conseguiram. Então, Mayke e Scarpa acionaram a Justiça para quebrar os contratos e reaver o valor aplicado.
Segundo a ESPN, que teve acesso aos processos, Myke e Scarpa estão processando três empresas.
Xland, “por não realizar o pagamento no prazo determinado no contrato e não fornecer qualquer notícia acerca do dinheiro investido, tampouco realizar os pagamentos e devolução do valor”.
WLJC, “por ter indicado os serviços e ainda atuar como parceira comercial, atraiu a responsabilidade solidária e deve responder, igualitariamente, pelos danos causados”.
Soluções Tecnologia Eireli, “por ser a responsável pelo recebimento e transformação da moeda corrente para criptomoedas, age em parceria com a ré Xland e deve responder pela devolução e ressarcimento”.
O processo de Gustavo Scarpa corre na 10ª Vara Cível de São Paulo. Ele alega que o prazo para a devolução do dinheiro era 19 de agosto de 2022. Porém, não aconteceu. Ele pede a rescisão dos contratos assinados e o ressarcimento de R$ 6.300 milhões investidos.
O caso de Mayke, por sua vez, corre na 14ª Vara Cível de São Paulo. Ele também quer as rescisões contratuais e a devolução do investimento, que é de R$ 4.583.789,31, o que deveria ter ocorrido até 12 de outubro de 2022, mas não aconteceu.
Justiça bloqueia bens de Willian Bigode
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 11 milhões das contas da empresa Xland, seus sócios e da consultoria ligada a Willian Bigode, pelos dois processos abertos por Scarpa e Mayke.
Willian Bigode e a empresa WLJC, em nota, se classificam como vítimas da Xland, tendo realizado investimentos de R$ 17,5 milhões que, mesmo tendo o pedido de resgate sido feito em novembro do ano passado, até agora não foram devolvidos, da mesma forma como aconteceu com os denunciantes.