Tenho tudo pra torcer pro Botafogo nesta reta final do Brasileirão. Assim como ele, sou alvinegro. Assim como ele, tive também os maiores jogadores do Brasil de todos os tempos: Garrincha e Nilton Santos por lá, Pelé e Zito por aqui. Assim como ele, meu Peixe também é conhecido como o “Glorioso”.
Tenho, no entanto, - e me desculpem o trocadilho, uma espinha de peixe atravessada na garganta. Estava lá no Pacaembu, em 1995, quando dois erros crassos do árbitro Márcio Rezende de Freitas tiraram o título do Brasileirão do Santos, de Giovanni, e entregaram para o Botafogo, de Túlio.
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O próprio Rezende assumiu, em entrevista ao podcast "Bora pra resenha", em 2022, que gostaria de ter o VAR naquela época para poder corrigir os erros que cometeu naquela partida.
“Começaria em 1995. (Validamos) dois gols em impedimentos. (O erro) era do bandeira, mas está na regra que a responsabilidade é do árbitro”, disse Márcio Rezende de Freitas.
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Lambança memorável
Márcio Rezende de Freitas validou um gol em que Túlio estava claramente impedido e anulou outro gol legal do Santos. O jogador Camunducaia partiu após o lançamento, mas, mesmo assim, o gol foi anulado. O gol do Santos, de Marcelo Passos, que foi validado, também foi feito em impedimento. O único gol legal do jogo, portanto, foi anulado e o resultado seria Santos 1 x 0 Botafogo, com o Peixe campeão.
Com a palavra o próprio Márcio Rezende de Freitas, em entrevista ao Globo Esporte, ainda em 2012 e mesmo sem o VAR:
“No intervalo do jogo, o Narciso (zagueiro do Santos) veio me falar que o gol do Botafogo tinha sido impedido. Aí eu vi que meu bandeirinha ficou branco. Eu meio que perdi a confiança nele. Passei a assumir mais os lances. Mas acabou tendo outro gol, do Santos, o de empate, que também foi irregular, e bem próximo do bandeirinha. Mas isso eu não vi, porque não tinha como ver. Depois, fui assumir um monte pra mim e mandei o bandeirinha ir para o fundo. E a TV diz que o único gol legal foi anulado”, disse o ex-árbitro.