O ex-jogador da seleção brasileira de Vôlei masculino, Wallace Leandro de Souza, campeão olímpico em 2016, está correndo para evitar problemas com a Justiça. Após ser alvo de pedidos de investigação na Advocacia-Geral da União, Supremo Tribunal Federal (STF) e Ministério Público (MP) por ter sugerido, em postagem no Instagram, o assassinato do presidente Lula, o atleta voltou às redes sociais para tentar se retratar.
Bolsonarista fervoroso, Wallace fez uma enquete na segunda-feira (30) ao ser indagado por um apoiador "se daria um tiro na cara do Lula com essa 12", em relação à espingarda calibre 12.
"Alguém faria isso?", indagou Wallace na enquete com um emoji de anjo. A votação terminou com 64% dos apoiadores dizendo que "sim" e outros 36% afirmando "não".
Nesta terça-feira (31), então, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para que o jogador seja investigado e punido pela enquete em tom de ameaça. A ministra dos Esportes, Ana Moser, também se manifestou: "Antes de atleta, o jogador Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições".
Além disso, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) entrou com representação contra Wallace no Ministério Público de Minas Gerais e no STF. "Também aguardo da diretoria da Sada Cruzeiro a demissão desse jogador fascista. Ou vão manter esse exemplo de delinquência e desrespeito? Ninguém pode ameaçar a vida alheia, a democracia e sair impune. Quando se ameaça o Presidente da República, se ameaça a democracia e a vontade popular. Isso não é atitude de desportista, mas sim de um terrorista", disse o parlamentar.
Afinou
Diante da provocação aos órgãos de investigação, Wallace resolveu recuar e divulgou um vídeo com uma tentativa de retratação, se referindo a Lula como "nosso presidente".
"Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa, principalmente nosso presidente. Então, venho pedir desculpas, foi um post infeliz, errei. Quando você erra, não tem jeito, tem que assumir o erro e se desculpar. Jamais tive a intenção de incitar violência, ódio, não é da minha pessoa, foi isso que o esporte me ensinou e não é isso que eu quero passar pra ninguém", declarou.
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